BYD lança versões do Dolphin e vai iniciar obras na Bahia
Elétrico mais vendido no País, Dolphin agora está disponível nas versões Plus e Diamond
Sem perder o ritmo, a BYD samba na cara da concorrência e aproveita o bom resultado de vendas no Brasil para lançar duas versões do Dolphin. Além de criar diferenciais para o modelo que deve ser produzido na Bahia, a fabricante chinesa está em alinhamento com o governo do estado para a cerimônia de assentamento da pedra fundamental da fábrica que será instalada em Camaçari.
O evento está programado para 9 de outubro, de acordo com a agência Auto Data, que teve a informação confirmada por Alexandre Baldy, conselheiro e porta-voz da empresa no Brasil. Estarão presentes o CEO Wang Chuanfu, a vice-presidente global Stella Li e outros executivos da China, além de autoridades brasileiras. Por sua vez, o governador Jerônimo Rodrigues revelou na sexta-feira, 29, que os dois principais executivos da BYD virão à Bahia no próximo dia 9 de outubro.
Plus e Diamond
A versão Plus entrega mais autonomia e potência em relação ao hatch elétrico lançado no País em junho deste ano: são 204 cv e 427 km no ciclo WLTP.
Já a versão Diamond tem as mesmas configurações do Dolphin lançado inicialmente, que já vendeu cerca de 5.000 unidades no Brasil. A diferença para a versão básica é a nova pintura preta metálica e o acabamento claro-escuro muito elegante.
O Dolphin Diamond tem preço sugerido de R$ 149.800 (mesmo preço da versão básica), já a versão Plus custa R$ 179.800. A montadora chinesa informa que as novas configurações chegam ao Brasil na segunda quinzena deste mês.
Liderança
O BYD Dolphin conquistou a posição de carro 100% elétrico mais vendido do Brasil em agosto, com 371 unidades emplacadas. Em setembro, manteve a liderança com 1.036 emplacamentos. Esse hatch elétrico incomoda os concorrentes desde o seu lançamento. Chegando em junho com o preço inicial de R$ 149.800 (que se manteve), o BYD Dolphin fez a Jac Motors baixar o preço do e-JS1 (R$ 135,900), levou a Renault a dar desconto no Kwid E-Tech (R$ 139,990) e motivou a Caoa Chery a reduzir o valor do iCar (R$ 119.990).
Dolphin Plus
O Dolphin Plus é a versão mais esportiva e potente do hatch. Equipada com um motor elétrico que entrega 204 cavalos de potência (109 cv a mais em relação a versão básica). A bateria também maior, de 60,5 kWh, permitindo autonomia de 427 km no ciclo WLTP. O Dolphin Plus acelera de 0 a 100 km/h em 7 segundos e atinge velocidade máxima de 160 km/h, segundo a montadora.
Chama atenção as duas cores na parte externa, as rodas 17” com design exclusivo e um motor de 204 cavalos, além do teto panorâmico que cobre quase todo o carro. A versão é bem conectada e tecnológica, com destaque para a multimídia de 12,8”, câmeras 360° e visão panorâmica.
O modelo conta com Apple Carplay, Android Auto e comandos de voz. O aplicativo BYD permite executar várias ações à distância. A lista de equipamentos inclui carregador de celular por indução, piloto automático adaptativo, sistema de detecção de ponto cego, bancos dianteiros com regulagens elétricas, assistente de faixas, leitor de placas de velocidade, alerta de tráfego cruzado dianteiro e traseiro com auxílio de frenagem, e sensor de pressão nos pneus.
Já o BYD Dolphin Diamond, que tem a mesma configuração da versão de entrada no hatch elétrico, tem como diferencial apenas a pintura toda preta.
Por que o Dolphin é sucesso de vendas
Quem já dirigiu o BYD Dolphin sabe por que esse hatch elétrico se tornou sucesso de vendas no Brasil desde o lançamento, em junho deste ano. Para começar, o carro tem ótimo custo-benefício e segue mantendo o preço inicial de R$ 149.800, ao tempo em que entrega um pacote recheado de equipamentos. A TARDE Autos avaliou a versão de entrada, confirmando os atributos do modelo.
O Dolphin deve fazer parte da linha de produção da fábrica chinesa que será instalada em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. E se depender dos esforços do governo baiano, os carros elétricos fabricados na Bahia serão isentos de ICMS, o que pode tornar o preço do hatch elétrico ainda mais competitivo.
Esse subcompacto elétrico é equipado com câmera de estacionamento dianteira e traseira, assistente de estacionamento, três radares, controle de cruzeiro, monitoramento da pressão dos pneus, aviso de cinto de segurança para todos os bancos, airbags frontais, laterais e de cortina, freio eletrônico com auto hold, controle de estabilidade e tração e assistente de subida em rampas.
Recheado
Por todo esse conjunto ofertado, o Dolphin elevou o patamar do segmento, obrigando os concorrentes diretos (JAC e-JS1, Renault Kwid E-Tech e Caoa Chery iCar) a mexerem no preço. É preciso destacar a beleza dos traços arredondados do painel de instrumentos digital de 5" e o pacote tecnológico, que inclui central multimídia de 12,8" rotativa com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, sistema de atualizações do software OTA, jogos e até karaokê, disponíveis pela loja de apps da BYD.
O acabamento interno do Dolphin é superior; existe bom gosto e qualidade nos materiais que revestem bancos, as portas, deixando o carro bonito e confortável. Na parte externa, o modelo de entrada da BYD agrada aos olhos. As linhas arredondadas inspiradas no golfinho, esse carismático animal do mar, deixam o design com ar futurista.
É equipado com motor elétrico com 95 cv de potência e 18,4 kgfm de torque, alimentado por uma bateria de 44,5 kWh. Entre os concorrentes, o JAC tem 62 cv e bateria de 30,2 kWh, o iCar tem 61 cv e bateria de 30,9 kWh e, o Kwid E-Tech, 65 cv e bateria ainda menor, de 26,9 kWh. De acordo com a BYD, a autonomia projetada do Dolphin é de 291 km seguindo o padrão PBEV, do Inmetro.
A capacidade do porta-malas é de 345 litros, mais que qualquer hatch compacto à venda hoje no Brasil. O Dolphin é um elétrico na medida certa para andar na cidade, considerando as limitações de eletropostos nas estradas baianas. Bom de dirigir, espaçoso e confortável, o hatch tem razões de sobra para ostentar o título de elétrico mais vendido do Brasil.