Encontro aguardado
Confira a coluna do jornalista Leandro Silva
O jogo desta quinta-feira (13), na Fonte, marca o primeiro encontro do ano entre as duas principais potências do futebol nordestino atualmente. Poderia ser o terceiro, mas infelizmente um tropeço do Esquadrão diante do CRB, na semifinal da Copa do Nordeste, impediu que Bahia e Fortaleza se encontrassem duas vezes antes, pela tão projetada final do certame regional, frustrando as altas expectativas. Hoje, portanto, será a primeira oportunidade de ver os dois tricolores medindo forças diretamente em 2024, em momento positivo para ambos.
E os dois clubes têm dado bons motivos para empolgar as respectivas torcidas, mas em frentes diferentes. Será a primeira partida do Fortaleza após a conquista da Copa do Nordeste. O clube ganhou o regional, mesmo terminando com cinco pontos a menos e dois jogos a mais que o Esquadrão (22 a 17), e faz boa campanha na Sul-americana, passando em primeiro lugar em chave com o Boca Juniors. O Bahia, por outro lado, está melhor no Brasileiro, competição pela qual o confronto de hoje vale. Começou a rodada na segunda colocação, com 14 pontos, quatro a mais do que o Fortaleza, que iniciou a oitava rodada em décimo.
O Bahia hoje é o terceiro, após os primeiros jogos da oitava rodada, mas um triunfo devolve o segundo lugar e pode levar até mesmo à liderança. Para o Bahia, portanto, no momento, mais do que comprovar o poderio regional, um triunfo hoje seria fundamental para dar seguimento à campanha histórica, que vem sendo feita, firmando o Esquadrão, cada vez mais, na briga pelas primeiras colocações.
Ontem, o clube completou um mês sem jogos em casa pelo Brasileiro, desde 12 de maio, quando venceu o Red Bull Bragantino. Depois dali, dentro do nacional, apenas o importante empate fora de casa contra o Atlético Mineiro, e agora o Esquadrão retorna à Fonte, onde mantém 100% de aproveitamento na competição, com três triunfos, contra Fluminense, Grêmio e Red Bull Bragantino.
Para manter o retrospecto, a escalação titular, já devidamente decorada pela torcida, terá pelo menos duas novidades, ambas forçadas. Na lateral, Gilberto reaparecerá para substituir Santiago Arias, que está na seleção colombiana. Na frente, Biel, Ademir e Rafael Ratão são os substitutos mais prováveis do suspenso Thaciano.
Arias, provavelmente, é o melhor lateral-direito em atividade no futebol brasileiro e a ausência dele naturalmente é encarada com preocupação, mas é em momentos como esse que se vê com mais clareza a importância de contar com um elenco qualificado. O substituto, Gilberto, foi a contratação que causou mais empolgação na janela final de contratações do ano passado, quando chegou do Benfica. A perda do status de titular, inclusive, tem mais a ver com os méritos do colombiano do que com o nível de atuações do camisa 2.
Já para suprir a ausência de Thaciano, um dos jogadores com maior influência no funcionamento coletivo da equipe tricolor, a expectativa é maior para ver qual a opção escolhida por Rogério Ceni. Quando Everaldo, que cumpre função bem parecida com a de Thaciano, esteve ausente por lesão o escolhido foi Ratão.
Acredito que tal escolha possa se repetir, caso o treinador prefira seguir guardando Biel e Ademir para as segundas etapas. A intenção seria manter um diferencial positivo da equipe: o crescimento após as substituições, quando são acionados Rezende, De Pena, Biel, Ademir e Ratão ou Estupiñán, que vem de ótima atuação contra o Atlético e já merece mais tempo em campo.