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Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 16 de novembro de 2025 às 9:13 h | Autor:

Brasil encanta contra Senegal e Ancelotti consolida modelo para a Copa

Desempenho intenso, pressões ajustadas e novas soluções táticas mostram seleção cada vez mais pronta para o Mundial

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Carlo Ancelotti durante jogo contra o Senegal
Carlo Ancelotti durante jogo contra o Senegal -

Na vitória por 2x0 contra o Senegal, o Brasil apresentou, especialmente no primeiro tempo, uma combinação marcante de talento individual e solidez coletiva. A equipe jogou compacta, com pressão alta, velocidade nas transições e troca de passes eficiente.

Com a ausência de laterais jovens em grande fase, Éder Militão e Alex Sandro se firmaram como as melhores opções para a Copa.

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Casemiro e Bruno Guimarães elevam o nível do meio-campo

Casemiro e Bruno Guimarães repetiram atuações de alto nível, desmontando a ideia de que faltam craques no meio-campo brasileiro. O desempenho da dupla é determinante para o equilíbrio e a competitividade da equipe.

A dúvida que permanece é a mesma dos últimos ciclos: o verdadeiro teste só virá contra seleções de elite.

Ancelotti ajusta a seleção e define alternativas táticas

  • A base da seleção já está desenhada:
  • Linha de quatro defensores
  • Dois meio-campistas centrais
  • Dois jogadores de lado, que atacam e recompõem
  • Um meia ofensivo centralizado
  • Um atacante de referência

Com a volta de Raphinha, o técnico pode utilizá-lo pela ponta ou como construtor pelo centro.

Ancelotti trabalha duas variações:

  • Mais um meio-campista (Paquetá) no lugar de Matheus Cunha;
  • Um centroavante (João Pedro) com Vinicius Júnior aberto pela esquerda.

A seleção está praticamente pronta para a Copa.

Estevão comemora com Bruno Gruimarães mais um gol pelo Brasil
Estevão comemora com Bruno Gruimarães mais um gol pelo Brasil | Foto: @rafaelribeirorio / CBF

Sem firulas

Desenho tático não explica mais o futebol moderno

Conceitos antigos persistem, mesmo quando já estão ultrapassados. Ainda é comum analisar equipes pela posição dos jogadores na prancheta, como se fossem avatares estáticos, ignorando o dinâmico do jogo real.

Dividir meio-campo entre camisa 5, camisa 8 e camisa 10 não faz mais sentido. As funções se misturam. Como disse Jürgen Klopp, mais importante do que ter um camisa 10 clássico é recuperar a bola perto do gol adversário — embora o ideal seja ter as duas virtudes.

Casemiro e o papel do construtor moderno

Ainda há espaço para os meio-campistas mais recuados, que protegem a defesa e iniciam ataques com passes de qualidade. Grandes equipes dependem desse elo. Casemiro, antes mais destruidor, evoluiu e se tornou um excelente construtor.

Ancelotti simplifica o jogo e potencializa talentos

Por isso, Ancelotti rejeita a visão de que é apenas “gestor de grupo”. Ele é um estrategista completo, com leitura tática, capacidade de adaptação e habilidade para simplificar o que é complexo — a verdadeira marca dos grandes treinadores.

No futebol, há sempre imprevistos. Perder nem sempre é fazer errado, e ganhar nem sempre é fazer certo.

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