Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > COLUNA DO TOSTÃO
COLUNA

Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 14 de dezembro de 2025 às 5:31 h | Autor:

Decisão da Copa do Brasil expõe desafios do futebol moderno

Tostão analisa os finalistas, as escolhas táticas e o excesso de explicações no futebol atual

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Rayan deixou o dele contra o Fluminense pela Copa do Brasil
Rayan deixou o dele contra o Fluminense pela Copa do Brasil -

O domingo promete revelar os finalistas da Copa do Brasil, com Corinthians e Vasco carregando a vantagem do empate após vencerem os primeiros confrontos — mesmo tendo campanhas inferiores às de Cruzeiro e Fluminense no Brasileirão. Nada, porém, está resolvido.

O peso das escolhas táticas

No Mineirão, Dorival Júnior corrigiu erros da derrota anterior por 3 a 0 ao compactar duas linhas de quatro, abandonando o esquema com três zagueiros e dois alas. O Cruzeiro perdeu a facilidade para atacar pelos lados.

Tudo sobre Coluna do Tostão em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

Mesmo com Garro disponível, o treinador acertou ao não escalá-lo: o meio com quatro jogadores, dois centralizados e dois pelos flancos, tornou a marcação muito mais eficiente.

O Cruzeiro teve atuação fraca pela intensidade baixa e pelos erros de passe, mas também porque o Corinthians marcou bem.

O que ficou marcado foi o clima de tumulto, com reclamações e discussões excessivas que tiraram o ritmo da partida. Resta saber se Dorival manterá a estrutura ou se ousará com o retorno de Garro.

Cruzeiro x Corinthians, no Mineirão
Cruzeiro x Corinthians, no Mineirão | Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Equilíbrio na outra semifinal

Vasco e Fluminense fizeram um duelo fraco, equilibrado. O experiente Coutinho e o jovem Rayan foram os destaques vascaínos. Do outro lado, a ausência de Canobbio, atacante que defende e ataca em alto nível, pesou.

A disputa continua aberta. O segredo mora nos detalhes.

Vegetti marcou o gol que deu a vantagem para o Vasco
Vegetti marcou o gol que deu a vantagem para o Vasco | Foto: Matheus Lima/Vasco

A experiência de assistir de casa

Por praticidade, a TV será novamente minha companheira. No estádio, a visão do conjunto é maior, mas as transmissões oferecem informação abundante, replays e análises que facilitam o trabalho.

Admiro comentaristas como Paulo Calçade (ESPN) e Carlos Eduardo Mansur (Sport TV), que unem clareza e profundidade.

Quando a fala é maior que o jogo

Por que tantos narradores gritam tanto se a imagem já diz tudo? É a busca por emoção e audiência — e por isso tudo vira histórico, mágico, emocionante, mesmo quando não é.

Também há um exagero nas explicações táticas. Analisa-se cada passo, como se os jogadores fossem bonecos de prancheta.

A ciência esportiva é vital, mas não se pode ignorar o acaso, o erro, o talento espontâneo — os elementos que fazem o futebol escapar das fórmulas.

O futebol e o futuro das análises

Será que as transmissões e as análises serão dominadas por máquinas pensantes?

Será que a IA vai divagar, imaginar, ironizar, sonhar sobre um jogo?

A vida por um clique — e o futebol, talvez, por um algoritmo.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco