FUTEBOL
Flamengo reduz distância da Europa e expõe desafios do futebol brasileiro
Tostão analisa a atuação contra o PSG, o avanço tático dos clubes nacionais e o impacto de Tite no Cruzeiro

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A atuação do Flamengo diante do PSG mostrou que o futebol brasileiro avançou em organização, intensidade e leitura estratégica, mesmo ainda distante do nível técnico das grandes potências europeias. O time foi compacto, pressionou alto e variou bem entre posse de bola e transição rápida, algo raro há poucos anos.
Intensidade virou exigência, não escolha
Clubes como Flamengo, Palmeiras, Fluminense, Cruzeiro e Mirassol indicam uma mudança de mentalidade. Não é mais possível competir sem pressão constante, com linhas espaçadas ou dependência excessiva de lançamentos longos.
Ainda assim, muitos times mantêm zagueiros excessivamente recuados, o que dificulta o jogo coletivo e reduz o controle das partidas.
Quando a pressão é europeia
Contra o PSG, ficou claro o limite individual do Flamengo do meio para frente. A bola saía do meio-campo e rapidamente era retomada pelo adversário. Arrascaeta e os atacantes sentiram a diferença ao enfrentar uma equipe que pressiona com organização e conta com defensores de elite.
Esse contexto exige cuidado nas avaliações e convocações baseadas apenas em desempenho doméstico.

Defesa sólida sustenta o crescimento
O ponto alto foi o sistema defensivo rubro-negro. Com recomposição eficiente e bom posicionamento coletivo, o Flamengo permitiu pouco, mesmo com menor posse de bola. O PSG criou menos do que se imaginava.
Dois jogos, dois níveis
No mesmo dia, Corinthians e Vasco, pela Copa do Brasil, mostraram um futebol de menor intensidade técnica. O empate sem gols evidenciou carências ofensivas e dependência de talentos individuais como Coutinho, Rayan, Memphis e Garro.
Hoje, no Maracanã, a decisão não tem favorito.
O fim dos rótulos e a evolução dos técnicos
O Vasco já não repete padrões previsíveis. O trabalho de Fernando Diniz evoluiu para um modelo mais flexível. O rótulo do “dinizismo” perdeu sentido diante de uma equipe mais plural.
Tite no Cruzeiro: acerto ou risco?
A chegada de Tite ao Cruzeiro gera expectativa e debate. Seu histórico pesa a favor, mas o sucesso dependerá da capacidade de adaptação, leitura do jogo e respostas ao imprevisto — algo decisivo no futebol atual.
Treinar é reagir
Mais do que método, grandes treinadores precisam sentir o jogo e agir rápido quando o roteiro muda. Isso separa os bons dos excepcionais.
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