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Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 29 de dezembro de 2024 às 14:12 h | Autor:

O sorriso do craque

Confira a coluna do ex-jogador Tostão

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O jogador Raphael Veiga, da SE Palmeiras, comemora gol
O jogador Raphael Veiga, da SE Palmeiras, comemora gol -

No dia seguinte ao Natal, todos os times ingleses entraram em campo como é habitual. O Manchester City não venceu mais uma vez ao empatar com o Everton por 1x1. Nas ultimas 13 partidas, o City só ganhou uma. Já o Liverpool, líder com uma ótima vantagem no campeonato, venceu novamente, contra o Leicester por 3X1.

Será que Guardiola vai desistir, jogar a toalha e viver um ano sabático? Ou ele, ambicioso, detalhista e responsável fará tudo para recuperar a equipe?

Enquanto isso dá tudo certo com o Liverpool. Salah está cada dia mais espetacular. Diferentemente dos grandes pontas canhotos que jogam pela direita e que atuam abertos para receber a bola e tentar driblar o marcador, Salah, pela direita, gosta de receber a bola na frente para usar sua velocidade, técnica, habilidade e criativas e eficientes finalizações. O egípcio Salah joga sorrindo, desfrutando da partida. Sorri quando faz gol e dá tudo certo e continua sorrindo quando dá errado.

O Liverpool é o time que joga no momento o melhor futebol do mundo. Por ser bastante compacto, atacando e defendendo em bloco, não tem um clássico camisa 10, tão adorado no Brasil. Os três do meio campo marcam, constroem e avançam, como se fossem três volantes e três camisa 10. Outras grandes equipes do mundo atuam de uma maneira parecida.

Enquanto isso, as equipes brasileiras só pensam no camisa 10, para jogar entre o meio campo e o ataque, articulador de todas as jogadas ofensivas. Esse tipo de jogador é ainda importante em muitas situações, mas, progressivamente, as grandes equipes do futebol mundial preferem meio-campistas que atuam de uma intermediaria a outra.

É preciso diferenciar o ponta de lança do passado, atacante, artilheiro, camisa 10, que formava dupla com outro atacante e que também voltava para receber a bola e construir jogadas, do atual meia de ligação, armador, camisa 10 e que atua entre o meio campo e os atacantes.

O Palmeiras, que tem um ótimo camisa 10, Raphael Veiga, contratou Mauricio, da mesma posição, que custou mais do que vale. Trouxe também Felipe Anderson, outro camisa 10, que foi deslocado para a esquerda. O clube tenta mais dois da posição, Mateus Pereira do Cruzeiro e Andreas Pereira, que está muito bem na Inglaterra e que tem sido convocado para a seleção brasileira.

Por outro lado, o time não tem um excelente centroavante. Paulinho, excelente jogador, não é um camisa 9, um camisa10 nem um ponta. Por ser rápido, ter muita técnica e um ótimo finalizador, é ideal para atuar formando dupla com outro atacante, como ocorreu no Atlético-MG ao lado de Hulk.

O São Paulo, que já tinha dois ótimos meias atacantes centralizados, Luciano e o ponta Lucas, que prefere jogar pelo meio, contratou Oscar. Ele, Hulk, Bernardo e Fred eram os quatro atacantes do Brasil nos 7x1. Zubeldia deve escalar no São Paulo quatro atacantes (Lucas, Oscar, Luciano e Calleri), além de ter o bom ponta Ferreirinha. Vão sobrar apenas dois no meio campo.

O futebol brasileiro deveria repensar os conceitos e deixar de compartimentar com rigidez as equipes com os camisas 5, 8,10 e 9. Só os entendidos e os apaixonados pelos números e as posições do passado não enxergam o óbvio. O mundo e o futebol mudaram.

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