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De Olho na Saúde

Por Elane Varjão | [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 06 de julho de 2025 às 8:52 h | Autor:

Uso indiscriminado de anabolizantes gera riscos para a saúde

Confira coluna De Olho na Saúde deste domingo

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Vinicius Nunes, gastrohepatologista
Vinicius Nunes, gastrohepatologista -

Com apelo estético e promessas de ganho rápido de massa muscular, os esteroides anabolizantes têm sido utilizados por um número cada vez maior de jovens, O gastrohepatologista Vinicius Nunes alerta que o uso pode provocar inflamação aguda grave no fígado.

“Para além disso, aumenta consideravelmente o risco de trombose e distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão. Vale ressaltar ainda as lesões de pele (acnes), infertilidade e disfunção do eixo hormonal que controla a produção natural da testosterona. Isso porque, uma vez em excesso, o corpo interrompe sua produção e pode nunca mais recuperar sua capacidade produtiva”, reforça Nunes.

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Um estudo científico publicado na revista JAMA, uma das publicações médicas mais importantes do mundo, realizado com mais de 1 mil usuários de anabolizantes, mostrou que o risco de morte aumentou em quase três vezes, principalmente por conta dos efeitos cardiovasculares, pois aumenta a pressão arterial, estimula o crescimento cardíaco e a deposição de placas de ateroma nas artérias. O médico explica que isso pode culminar em mortes por infarto, insuficiência cardíaca ou acidente vascular cerebral, causando danos permanentes à saúde.

“É fundamental que a população entenda que o corpo saudável e forte deve ser resultado de alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento profissional. Recursos hormonais podem custar muito caro à saúde, e o uso indiscriminado deve ser combatido”, conclui Nunes.

Vinicius Nunes, gastrohepatologista
Vinicius Nunes, gastrohepatologista | Foto: Divulgação

Julho Verde alerta sobre prevenção ao câncer de cabeça e pescoço

O Hospital Aristides Maltez (HAM) realiza a 9ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, durante o mês de julho. A iniciativa visa reforçar a importância de escolhas saudáveis, atenção aos sinais e sintomas iniciais, além da busca pelo diagnóstico precoce, fatores que podem fazer a diferença nos resultados do tratamento.

O Brasil registra, anualmente, cerca de 40 mil novos casos de tumores localizados na região da cabeça e pescoço. “Esses cânceres afetam áreas das vias aéreo-digestivas superiores, como cavidade oral, glândula tireoide e laringe e esses números reforçam a necessidade de intensificar ações de prevenção, diagnóstico precoce e ampliação do acesso ao tratamento para milhares de brasileiros”, ressalta o médico Lucas Silva, coordenador do Setor de Cabeça e Pescoço do HAM.

Silva adverte que os principais fatores de risco são: consumo de tabaco (cigarros, incluindo palha, seda e eletrônicos, narguilés, cachimbos e quaisquer outros derivados) e álcool; infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas; dentre outros.

A meta da campanha do HAM é ampliar o número de diagnósticos precoces, evitando, assim, o crescente número de óbitos e mutilações graves que comprometem funções vitais dos pacientes como a fala, respiração, alimentação, visão, audição e cognição.

Lucas Silva, coordenador do Setor de Cabeça e Pescoço do HAM
Lucas Silva, coordenador do Setor de Cabeça e Pescoço do HAM | Foto: Divulgação

Destaque

Laser nas hemorroidas

A dor após a cirurgia de hemorroidas continua sendo uma das principais queixas dos pacientes e motivo que os faz adiar o tratamento. A coloproctologista Glicia Abreu afirma que uma das principais inovações é a cirurgia com laser, chamada de hemorroidoplastia a laser. Segundo ela, em vez de cortar as hemorroidas, o laser é aplicado dentro do tecido, causando sua contração e posterior redução de volume, permitindo um pós-operatório menos indolor.

Contrapartida social

A medida que permite a hospitais privados e filantrópicos abaterem dívidas tributárias em troca de atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS) representa uma medida estratégica para reduzir as filas da saúde pública. A proposta, batizada de “Agora Tem Especialistas”, surge como uma alternativa inteligente diante da sobrecarga da rede pública, aproveitando a capacidade ociosa do setor privado para ampliar o acesso a exames, consultas e cirurgias. Com potencial de impacto imediato, especialmente nas especialidades com maior demanda, a iniciativa também traz alívio aos cofres públicos ao transformar passivos fiscais em serviço à população.

Reparação histórica

O Congresso Nacional derrubou recentemente o veto ao Projeto de Lei 6064/2023 e garantiu o direito à pensão vitalícia de R$ 7.786,02 para pessoas com deficiência causada pelo vírus da zika durante a gestação. A medida representa uma reparação histórica às famílias afetadas pela epidemia, especialmente mães de crianças com microcefalia que, por anos, enfrentaram abandono e sobrecarga sem apoio do Estado.

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