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Esporte A TARDE
Caldeirão de Aço - Foco no retorno
É crucial vencer o Novorizontino no sábado para mostrar que o trem continua nos trilhos
Independentemente do futuro no clube na Copa do Brasil, o que mais importa para o Bahia em 2022 continua sendo o Brasileiro. Honestamente, a principal pretensão do Esquadrão com relação à Copa neste ano deveria fazer com que ela não atrapalhe o rendimento na Série B, seja por desgaste, distração ou pressão em caso de insucesso. Depois de amanhã, o time inclusive já tem mais um compromisso fundamental para a luta pelo acesso, contra o Novorizontino, apenas três dias depois da derrota no jogo de ida do confronto de oitavas-de-final contra o Athletico Paranaense, por 2 a 1. E, até pela limitação do elenco, o foco precisa estar na luta pelo retorno à elite. No sábado, o Tricolor necessita se redimir dentro da competição depois do tropeço contra a Chapecoense na rodada passada.
O temor por uma pressão prejudicial ao desempenho na Série B potencializada pela participação na Copa do Brasil se justifica já que o time vai entrar em campo sábado depois da segunda derrota consecutiva em casa juntando as duas competições, depois de encerrar uma sequência de seis triunfos na Fonte. É crucial vencer o Novorizontino no sábado para mostrar que o trem continua nos trilhos.
A diferença para o quinto colocado, que é decisiva para a volta para a elite, está em cinco pontos, o que ainda é bom, mas chegou a ser de sete e poderia ter até aumentado para confortáveis oito pontos, caso tivesse vencido os catarinenses. E para conseguir êxito contra o Novorizontino é preciso se atentar sobre o perfil do adversário. Os paulistas, já estiveram entre os seis melhores colocados, mas agora, em situação ruim na classificação, na 15ª posição, tendem a também armar uma retranca pesada, como a Chapecoense na rodada passada.
Por mais contraditório que possa parecer, apesar do equilíbrio, o aproveitamento do Bahia hoje é melhor contra as equipes da parte da cima da tabela, com 66,7%, enquanto tem 61,9% contra os últimos. O time conquistou 12 dos 18 pontos disputados até o momento contra times que estão entre os 10 primeiros colocados, vencendo Cruzeiro, Sport, Operário e Criciúma e perdendo apenas para Vasco e Tombense. E vale lembrar que o Tombense ocupava a lanterna da competição quando derrotou o Bahia. Ainda não enfrentou Grêmio, CRB e Brusque.
Enquanto isso, o Tricolor fez 13 dos 21 pontos disputados contra os times que estão a partir da 11ª colocação, vencendo Sampaio Corrêa, Londrina, Náutico e Ponte Preta, empatando com o CSA e perdendo para Chapecoense e Ituano. É preciso atentar para os riscos e superar a provável retranca para retomar o bom momento na Série B, abrindo cada vez mais vantagem para o quinto.
Quanto à Copa do Brasil, o momento é outro, em 2018 os dois times estavam na Série A, mas no confronto eliminatório mais recente, pelas quartas-de-final da Copa Sul-americana, o Bahia também foi derrotado no jogo de ida, na Fonte, e conseguiu levar a decisão para os pênaltis com um triunfo na Arena da Baixada, por 1 a 0, com gol do zagueiro Douglas Grolli. Na marca da cal, o Tricolor levou a pior, mas naquela ocasião os flagrantes erros de arbitragem a favor do adversário nos dois jogos foram decisivos para a definição do classificado.
No jogo de ontem, o golaço de Mugni, em cobrança de falta logo no início até deu uma animada, mas o time não conseguiu segurar a vantagem por muito tempo. O Athletico, que é o terceiro colocado da Série A, não está em tão boa condição por acaso. Mesmo assim, o jogo foi bem disputado e, pelo menos na Fonte Nova, o abismo entre as séries não ficou tão evidenciado.
