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Caldeirão de Aço - Mantenha distância

Publicado quinta-feira, 28 de julho de 2022 às 00:30 h | Autor: Leandro Silva | Jornalista | [email protected]
O time parece organizado com os três zagueiros, mas em termos de aproveitamento não melhorou
O time parece organizado com os três zagueiros, mas em termos de aproveitamento não melhorou -

O Bahia já foi líder, mas perdeu posições e hoje é o quarto. Para o acesso, entretanto, o que de fato importa é manter uma boa distância para o quinto colocado, algo que o Tricolor segue conseguindo. No G-4 desde a primeira rodada, o Esquadrão já viu o quinto variar  entre Criciúma, Sport, Ituano, Vasco, Novorizontino, Grêmio, Londrina, Tombense e até Cruzeiro. E a diferença atualmente está em cinco pontos para o Londrina. Houve o risco que diminuísse para três após a derrota para o Cruzeiro, o que representaria a menor diferença desde o final da nona rodada, com derrota para o Tombense, quando ficou em apenas três para o Grêmio. Mas o empate do Tombense, contra o Operário, na rodada passada, fez com que caísse apenas um ponto, ficando em cinco para Londrina e para o próprio Tombense. 

Os tropeços como o empate contra o CRB na partida passada como mandante deixam a impressão de que a diferença já poderia estar bem maior, mas o máximo que conseguiu se afastar foi sete pontos, duas vezes quando o próprio Londrina era o quinto, após a 12ª e a 15ª rodada, com triunfos contra Operário e Brusque. Para abrir uma vantagem mais confortável, o Bahia precisa já no jogo contra o Náutico reverter duas situações que vêm incomodando e atrapalhando a pontuação do time. Voltar a vencer em casa depois de quatro rodadas e parar de se complicar contra adversários que estão na zona de rebaixamento, como é o caso dos pernambucanos. 

O time até vem de um triunfo no confronto mais recente contra um ocupante da zona, o Guarani, pela 18ª rodada, mas nas outras vezes em que encarou um dos quatro desesperados só conseguiu vencer  o próprio Náutico, que era o lanterna, na segunda rodada, por 1 a 0. Fora isso, perdeu para o Tombense, na nona rodada, por 1 a 0, e para a Chapecoense, na 13ª rodada, por 1 a 0. Ainda empatou com o Vila Nova, na 17ª rodada, por 1 a 1. São poucos confrontos, mas fez apenas sete dos 15 pontos disputados, com pouco mais de 46% de aproveitamento, inferior aos mais de 56% conquistados de maneira geral na competição. 

Para voltar a vencer, tudo indica que o time continuará armado com um trio de zagueiros. Motivado pela boa atuação, mesmo com derrota, no jogo de volta contra o Athletico, pela Copa do Brasil, quando foi testado o esquema, Enderson resolveu efetivá-lo nos três confrontos mais recentes pela Série B. O time parece organizado, mas em termos de aproveitamento, ainda não houve melhora.  

Pelo contrário, foram quatro pontos ganhos dos nove disputados, representando 44,4% dos pontos, contra 58,8% ganhos nas 17 rodadas anteriores. Em número de gols sofridos, também não houve melhora. Foram três gols em três jogos. A média nos 17 jogos anteriores era de 0,47 por jogo, com oito em 17 confrontos. Apenas em gols marcados há um registro positivo, pois o time, que havia marcado 17 gols em igual número de partidas, aumentou para quatro em três. O esquema com três zagueiros não é muito frequente na história do clube, mas já foi utilizado em campanha de acesso, à época para a Série B em 2007, quando Arturzinho escalava Alison, Rogério e Eduardo na zaga.  

Na partida de amanhã, contra o Náutico, o Bahia não contará com Mugni, suspenso. É uma grande perda já que o argentino tem sido o jogador de maior destaque no momento. O time já teve Rezende no início da competição com esse posto de protagonista, mas passou a ter uma variação de destaques maior depois da série de lesões do camisa 5, e posteriormente  o camisa 19 virou essa referência. Que Enderson consiga fazer com que a equipe não sinta tanto essa ausência e consiga voltar a comemorar um triunfo ao lado do torcedor, na Fonte.

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