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Baianos tentam destronar Ziuloski da CNM, há 26 anos lá

Confira a coluna de Levi Vasconcelos desta quinta-feira, 22

Publicado quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024 às 05:40 h | Autor: Levi Vasconcelos
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Jorge Khoury, hoje no Sebrae após ter sido deputado federal, nos seus tempos de prefeito de Juazeiro presidiu a UPB e a também a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Severiano Alves, também ex-deputado federal e ex-prefeito de Saúde foi na mesma pegada.

Eis a questão: o sucessor de Severiano, em 1997 foi Paulo Ziulkoski, então prefeito da pequena Mariana Pimentel, pouco mais de quatro mil habitantes. Resultado: ele deixou de ser prefeito em 2004, a 20 anos, mas até hoje está lá.

Mais que isso. Ziulkoski construiu em Brasília uma baita sede para a CNM e pretende entrar noutra incursão espetaculosa, construir o Palácio Paulo Ziulkoski.

Dinastia —É por isso que entre prefeitos se diz que ele está construindo uma dinastia. E aí veio a reação, puxada por prefeitos como o baiano Quinho de Belo Campo (PSD). Ele é candidato a vice na chapa que tem na cabeça Julvan Lacerda, ex-prefeito de Moema (MG) na eleição que vai acontecer dia 1º.

Mas Ziulkoski fez tudo para dificultar a vida dos adversários. Antecipou a eleição e abriu as inscrições no carnaval num processo que exige no mínimo 900 assinaturas. A articulação Bahia-Minas coletou 1.400 assinaturas, 500 a mais.

Quinho diz ter a esperança de construir um tempo novo.

— Ziulkoski se perdeu no comando. A CNM não pode ser só um nome, precisa recuperar a capacidade de dialogar. Atuaremos para incluir os municípios nos debates sobre o desenvolvimento do Brasil.

Zé Neto, Allende e Miterrand, entre os campeões de derrotas

Salvador Allende, o presidente do Chile que sofreu o golpe militar de Augusto Pinochet, antes de se eleger presidente, perdeu cinco, o mesmo caminho trilhado por Françóis Miterrand, na França, perdeu cinco e ganhou na sexta. Agora os fatos são evocados em Feira de Santana para lembrar que o deputado federal Zé Neto (PT) vai para a sexta tentativa. Ganha?

Se ganhar entra na linha de Allende e Miterrand, se perder, tem um consolo, pífio, é verdade, mas o possível. Ele não será o primeiro hexa derrotado. Em Itapé, região de Itabuna, já tem Humberto Malta que ostenta o título e parece que quer mais, vai este ano para a sétima tentativa. Ou seja, pode ser hepta.

Nesse cenário fica parecendo que prevalece o dito de Agenor Mendes, ex-prefeito de Aporá (falecido em 2021): ‘A coisa é pra todo mundo, mas não é todo mundo que é pra a coisa’.

Sandro lidera o UB na Alba

Na nova configuração da representação da Assembleia a oposição dá um suspiro de alívio. O deputado Marcinho Oliveira será substituído pelo colega Sandro Régis na liderança do União Brasil (UB), o partido de ACM Neto.

Ano passado Marcinho esteve em eventos ao lado de Jerônimo, o que fazia o pessoal de Neto torcer o nariz. Ninguém gostava, mas nada se dizia para não criar melindres. Agora ajustou.

Na disputa do TCM, Nilo acredita que tem chances

Embora na Alba se diga que o deputado Paulo Rangel (PT) é o franco favorito, o ex-deputado Marcelo Nilo, que era governo, rompeu para apoiar ACM Neto e acabou sem mandato, diz estar confiante por achar que na peleja ele não encarna o anti-governo.

— Não acho que seja o candidato do governo contra o de ACM Neto. Eu estou na disputa confiando no meu prestígio pessoal, nas amizades que fiz em dez anos que fiquei como presidente desta Casa.

É a aposta da vila dele. Se perder, acaba. Na Alba se diz que o deputado Paulo Rangel (PT) é a bola da vez. E por acaso dia 7 próximo ele completa 63 anos. Espera o seu maior presente.

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