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Depois do TCM, Alba inicia nova polêmica: a PEC da reeleição

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado quinta-feira, 07 de março de 2024 às 06:00 h | Atualizado em 07/03/2024, 07:36 | Autor: Levi Vasconcelos
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Mal a Assembleia concluiu a escolha do deputado Paulo Rangel para o TCM, um processo de intensos tititis, e já começa a discutir a Proposta de Emenda Constitucional que reabilita a reeleição para a presidência da Casa, o que, em tese, permitiria ao atual presidente, Adolfo Menezes (PSD), a reeleição.

Adolfo já presidiu a Alba nos últimos dois anos do mandato de Rui Costa e pegou novo mandato nos primeiros de Jerônimo. No almoço com jornalistas no final do ano, alguém o abordou sobre o assunto, ele vai ou não vai?

— Nunca fui atrás disso e nem vou. Mas não sou santo.

Ironicamente, o fim da reeleição foi decretada por uma PEC do próprio Adolfo, em 2016, a pedido do então presidente, Angelo Coronel, a fim de barrar uma pretensa sexta reeleição de Marcelo Nilo.

Ivana reage —A questão é que se as regras do jogo mudarem, Adolfo entra e passa. Ele tem uma boa qualidade festejada pelos colegas, cumpre palavra. O próprio pedido da PEC, capitaneado pelo deputado Nelson Leal (PP) já teve 47 assinaturas.

Mas a deputada Ivana Bastos (PSD), amiga e colega de partido de Adolfo, que não esconde a pretensão de ser a primeira mulher a presidir a casa, diz que não pode.

— Há uma decisão do STF proibindo a reeleição, embora das 27 assembleias do Brasil, 24 tenham isso. A reeleição de uma legislatura para outra, como é caso de Adolfo aqui e Fernando Lyra (PP-PB) na Câmara dos Deputados. Mas Lyra lá já sabe que não pode, cá também não vai dar.

Uma votação quase livre

Deputados diziam ontem, sobre a escolha de Paulo Rangel para o TCM, que em nenhum momento Jerônimo nem ninguém do governo ligou para qualquer um deles pedindo voto para A ou B. Na assinatura para a indicação, sim, tanto o senador Otto Alencar (PSD) quanto o colega Jaques Wagner pediram por Rangel.

Dizem que dois governistas votaram com Marcelo Nilo, mas o fato não incomoda.

Oziel Oliveira no Matopiba

Oziel Oliveira, ex-prefeito de Luís Eduardo Magalhães e marido da secretária Jusmari Oliveira (Desenvolvimento Urbano), foi nomeado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para o Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba.

O Matopiba é um conglomerado agrícola de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, maior produtor de grãos do País. Oziel já coordena as superintendências do MA.

O golpe de 64 em Todavia

Fernando Vita, o agora antecessor de Paulo Rangel no TCM, diz ter gostado muito de saber que o deputado Zé Raimundo (PT), ao advertir Rangel sobre a quem ele ia suceder, disse já ter lido todos os livros dele.

E aproveitou o ensejo para avisar: a Geração Editorial já botou no prelo os originais de 1964: O Golpe, o Capitão e o Pum do Maestro. Conta o golpe militar de 1964 do ponto de vista de Todavia, a cidade imaginária que ele criou.

Marcelo Nilo, o grande momento que não deu

Nos dias que antecederam a votação para a escolha do novo conselheiro do TCM, Marcelo Nilo, o opositor de Paulo Rangel, abordou vários deputados da base governista pedindo voto. O discurso padrão adotado: ‘Só me falta um voto para fechar a aprovação. Conto com você?’. Recebeu muitas promessas e só dois votos.

O pior, segundo os deputados: Nilo estava tão convicto da vitória que levou para a Assembleia a mulher, filhos e netos. Um deputado velho amigo dele comentou:

— Essa foi a parte pior. Ficou parecendo que ele levou a família para assistir um grande momento, e o que se viu foi uma grande derrota. Marcelo é querido e muita gente sentiu.

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