Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > LEVI VASCONCELOS
COLUNA

Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 03 de agosto de 2025 às 7:05 h | Autor:

Irmã Dulce e Senhor do Bonfim, o top do turismo religioso

Confira coluna de Levi Vasconcelos

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Imagem ilustrativa da imagem Irmã Dulce e Senhor do Bonfim, o top do turismo religioso
-

Diz Maurício Bacelar, secretário de Turismo do Estad0, atento aos movimentos culturais e religiosos, segundo ele, ‘irmãos siameses da indústria turística’, que o turismo religioso na Bahia é vasto, tem de cabo a rabo, mas quem brilha mais no cenário é Senhor do Bonfim, com a ressalva: ele que se cuide, Santa Dulce está vindo aí.

– Senhor do Bonfim tem 280 anos aqui e a Santa Dulce dos Pobres chegou agora, ainda vai completar 5 anos de canonizada, e a pandemia ainda atrapalhou na largada, mas é a primeira santa brasileira e é baiana, uma santa que recebeu a visita de outros dois santos, João Paulo II e Madre Tereza de Calcultá. Isso é forte.

Lapa e cia –Maurício que na banda católica tem também Bom Jesus da Lapa, que faz romarias três vezes ao ano, uma delas, a principal, nesta quarta, Monte Santo, Nossa Senhora das Candeias, Dias D’Ávila, Serrinha com o fogaréu e por aí, mas outros segmentos religiosos também ou estão sedimentados ou crescem a pleno vapor.

– A Festa da Boa Morte, em Cachoeira, também agora em agosto, junto com Irmã Dulce, para o povo de santo é das maiores. E tem também os eventos gospel, que a cada dia ampliam a abrangência.

Enfim, nos 53 segmentos turísticos mapeados na Bahia, a banda religiosa está mais para o filé. E Irmã Dulce já tem igrejas, capelas e paróquias em Castro Alves, Formosa do Rio Preto e Vitória da Conquista. Ela vem que vem.

POLÍTICA COM VATAPÁ - Susto no necrotério

Conta Valber Carvalho, no livro A Última Porta, o segundo volume da vida de Irmã Dulce, que no início dos anos 80 morava no necrotério das Obras Sociais, o lugar de guardar mortos que precisam de perícias, o cidadão que chamavam Volto Já, porque ele sempre saia para embriagar-se e quando alguém perguntava, dizia: ‘Volto já’.

E lá um dia ela recebe a visita do presidente João Figueiredo. Tinha como estratégia levar os visitantes poderosos aos piores lugares, estava doente, mandou um médico levá-lo até a Unidade Médico-Social, a Triagem, como chamavam. Miséria total, ele não gostou, pediu para sair. Voltou, ela resolveu ciceroneá-lo, levou-ao necrotério.

A caravana chegou, e ela:

– Olha, presidente, nosso necrotério, tão pequeninho...

No instante Volto Já começou a se mexer, Figueiredo se assustou:

– Olha pra ali, ele está se bulindo!

E Irmã Dulce interveio tentando acalmá-lo:

– Se acalme, presidente. Aqui é o único necrotério do mundo que abriga mortos e vivos.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco