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No Dia do Jornalista, palmas para Jorginho Ramos que ele merece

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado domingo, 07 de abril de 2024 às 00:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Jorginho Ramos
Jorginho Ramos -

Sexta passada, ao falarmos sobre a partida do nosso colega Jorginho Ramos aqui neste espaço, dois erros.

1 — Dizer que ele é filho de Cachoeira, quando na real foi nascido em Ipirá e desde menino viveu em Cachoeira.

2 — Dizer que o Dia do Jornalista é dia 10, quando na real é hoje, 7 de abril.

Nossas desculpas.

O episódio aí vem a calhar com as conversas que mantínhamos com colegas, nosso Jorginho no meio, sobre boas práticas jornalísticas. Dizia ele que tendo como foco fundamental o interesse público, entendendo que errar é humano, errou, pede-se desculpas. E completava: ‘O que não dá é errar e tentar tamponar, muito menos errar por má fé’.

Loureiro —No Dia do Jornalista, palmas para Jorginho que ele merece. Evocava sempre as lições do cachoeirano Antonio Loureiro de Souza, historiador, professor de História da Comunicação. Fala Loureiro:

— Vocês que se propõem a ser interlocutores entre a sociedade e os fatos que nela se passam, botem na cabeça que esse negócio de xingar, difamar, injuriar, denegrir e que tais, é coisa de moleque. Você só estará apto a exercer o sagrado direito da crítica no dia em que elogiar e convencer. No dia que você elogiar e ninguém lhe chamar de puxa saco, baba ovo, ou disser que está recebendo bola, propina e afins, você atingiu a maturidade. E atingirá a excelência no dia que alguém usar o seu elogio como referência.

Detalhe: isso vale para estes tempos de sociedade em rede, em que as fakes imperam. O bom é merecer fé.

Os tiroteios que infernizam Salvador aumentam em março

Os dados divulgados esta semana pelo Instituto Fogo Cruzado revelam que em março Salvador registrou 182 tiroteios com 188 vítimas, das quais 145 fatais.

É desalentador, se olharmos que em julho de 2022 foram 131 tiroteios com 67 mortos e em fevereiro do ano passado, outro mês de grande estatística ruim, foram 118 tiroteios com 79 mortos e 24 feridos.

Morador do Alto de Coutos, onde na dobrada de 2021 para 2022 a fisioterapeuta Valéria Maria Cardoso dos Santos Teles, 37 anos, foi morta enquanto bandidos comemoravam o Ano Novo dando tiros para cima, J.M.P, 62 anos, conta que a vida por lá virou um inferno.

— É muito triste. Até 30 anos atrás podíamos reunir os amigos, tomar uma cervejinha e brincar. Nos últimos tempos o clima já não era bom, mas depois da morte de Valéria, o medo impera.

São Roque, a fé no estaleiro

A fala de Lula esta semana dizendo que vai recuperar a indústria naval brasileira soou como boa música aos moradores de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe, onde fica um dos 11 estaleiros navais brasileiros.

Uma comitiva de deputados que o baiano Jorge Solla (PT) integra se esforça para ver funcionar pelo menos 6 dos 11.

Fala Sílvio Ataliba, ex-prefeito de Maragogipe:

— Estamos confiantes.

Rui e os respiradores, dois absurdos no mesmo bolo

Dá para acreditar que Rui Costa tem envolvimento no caso dos respiradores, como disse a empresária Cristiana Prestes Taddeo na delação à PF? A pergunta aí vem de Jorge Alfredo Luz, engenheiro, morador da Barra. Preclaro, o caso dos respiradores está na história como emblema maior da estupidez em corrupção, roubar respirador de UTI em plena pandemia, e na tampa da cara de todo mundo.

Rui Costa, que nunca teve o nome associado a corrupção em tempo algum, entrar logo numa dessa seria o supra sumo da estupidez.

Claro que na Bahia não tem santo, só santa, e o endereço é único, o Largo de Roma. Mas pecado dessa monta é diabólico demais para achar que Rui tendo tantas alternativas iria se melar nisso.

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