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Calor exige mais cuidados com animais de estimação

Veterinários orientam tutores a hidratar com frequência e evitar expor pets aos horários de sol mais quentes

Publicado domingo, 26 de fevereiro de 2023 às 09:00 h | Autor: HIlcélia Falcão
A veterinária Paloma recomenda hidratação constante
A veterinária Paloma recomenda hidratação constante -

Você é do tipo praieiro, apaixonado por Verão e não desgruda do seu animalzinho? Atenção, esta matéria vai te ajudar a não expor seu bichinho ao risco de insolação. Ir à praia com seu amigo sem os devidos cuidados pode não ser uma boa ideia. É que eles mantém a temperatura do corpo em equilíbrio por meio da respiração, focinho e coxins (almofadinhas das patas). 

“O maior risco é o desenvolvimento da hipertermia, que é o aumento da temperatura devido ao calor excessivo, e que pode levar ao óbito”, explica a médica veterinária Paloma Santos Santana. Segundo ela, o pet que não ingere água o suficiente no calor pode ficar desidratado, e predisposto a outras doenças, como a formação de urólitos (pedra na bexiga), caso dos gatos.

Em caso de levar o animalzinho à praia, é fundamental mantê-lo em um lugar ventilado, sem exposição excessiva ao Sol e com oferta abundante de água  para beber. “Não se deve permitir que o animal fique exposto a areia quente”, alerta a médica veterinária Jamile Amorim, 32. A mesma lógica deve ser observada nos passeios já que o asfalto quente pode queimar as patinhas.

Seja para onde for, em passeios ao ar livre, o recomendado são os horários com menos incidência solar: até às 10h ou à tarde após às 16h. Também é importante utilizar protetor solar veterinário. A regra do horário vale também para os passeios. É importante evitar os horários mais quentes e levá-los para locais arejados e com sombra para descanso. 

Outro aspecto importante é observar está com a respiração ofegante, salivação excessiva, focinho quente e relutância para andar. Caso isto ocorra, é importante parar o passeio imediatamente, fornecer água ou até mesmo molhar o animal. “Se esses sinais estiverem acentuados, é indicado levá-lo logo para uma clínica veterinária, pois pode ser um início da hipertermia”, orienta Paloma. Os banhos também devem seguir a recomendação veterinária,  conforme o perfil da raça e do animal. Mas devem ocorrer de uma vez por semana a uma vez por mês. 

Braquicefálicos

Cães braquicefálicos – aqueles com focinho achatado – são mais propensos a problemas respiratórios e sofrem mais com o calor. Por conta disso, o advogado Felipe Barreto, cerca de cuidados Bart (2 anos) e Maggie (6 meses), da raça bulldog francês. “Desde o início, a veterinária me alertou para a questão da respiração, então, no Verão, procuro sempre adequar os horários dos passeios”, explica.

O mesmo procedimento é adotado pela professora aposentada Maria Damiana Cauby, 71 anos, com os shitzu Bruce, 1 ano e 7 meses e Kiara 1 ano. “Geralmente saio com eles em horários com temperatura mais amena. 6, 17 e 20 horas, sempre dentro do condomínio”, explica.

Felipe também fica atento às reações deles. Convém observar, segundo Jamile Amorim, se o animal está mais relutante para andar, ofegante, inquieto. Neste caso, é parar o passeio e, se for o caso, recorrer ao veterinário. No dia a dia, seguir as recomendações médicas ajudam a garantir a saúde dos animais. Para isso, há tutores capazes dos mais delicados cuidados como faz Felipe.  Em dias muito quentes, Bart e Maggie ficam sempre em áreas mais refrigeradas da casa, longe do calor escaldante do Verão.

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