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Por HIlcélia Falcão

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ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 24 de agosto de 2025 às 6:26 h | Autor:

Leishmaniose canina: especialistas orientam para cuidados com os cães

Campanha alerta para prevenção da doença, que pode ser tratada com uso de coleiras e repelentes

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Imagem ilustrativa da imagem Leishmaniose canina: especialistas orientam para cuidados com os cães
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Foi por compaixão que a aposentada Cássia Maria Tanos Barros, acolheu o SRD Jack, vítima de abandono, nas imediações da sua casa, na Linha Verde. Depois de levá-lo ao veterinário descobriu o motivo do estado abatido dele: leishmaniose, doença transmitida pelo mosquito palha.

Neste mês, o agosto verde é oportunidade de alerta aos tutores para a prevenção à doença, que é uma zoonose (enfermidade transmitida de animais para pessoas). A boa notícia é que o tratamento do animal - associado ao uso de coleiras e pipetas - interrompe o ciclo de transmissão que se dá por meio da picada do mosquito palha.

“A principal forma de transmissão ocorre de forma vetorial com a participação do mosquito palha, que se infecta quando se alimenta do sangue de um hospedeiro infectado (homem, cão, roedores silvestres) e na próxima picada transmite a outro hospedeiro saudável”, explica a médica veterinária Gabriela Porfírio, 46 anos.

Qualidade de vida

A depender do estágio da doença, é possível assegurar qualidade de vida ao cão infectado. Atualmente o maior problema é a falta de diagnóstico precoce. “O que está acontecendo é que o animal chega com muito tempo de doença”, afirma Daniela Farias Larangeira, 49 anos, médica veterinária e professora. da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Lá, todos os animais recebem tratamento contra a doença. Daniela, que atua em pesquisas sobre a leishmaniose, adotou duas cadelas com a enfermidade, Ita e Mel, que vivem com boa qualidade de vida, sob sua tutela.

Daniela explica que, p ara suspeitar da leishmaniose, o animal não precisa estar magro, com problema de pele ou unhas bem grandes. “O que tem suspeita de doença do carrapato precisa ser testado para leishmania”, orienta.

No caso de Jack, do início deste texto, ele estava bem debilitado. Mesmo assim, conseguiu ganhar peso e ter alguma melhora com o tratamento. “Ele estava muito abatido, deprimido, magro, com a pele muito irritada, ferida”, conta a aposentada Cássia Barros, que recorreu ao Hospital de Medicina Veterinária da Ufba para realizar o tratamento de Jack.

“É uma doença que ainda é muito desconhecida pela população e os animais com leishmaniose recebem um tratamento discriminatório, muitos abandonam na rua por não saberem cuidar”, afirma Tatiane Rodrigues, 25 anos, tutora de Luna, uma SRD de 1 ano e 6 meses.

A publicitária Patrícia Guerra, 51 anos, resgatou o SRD Bento, 2 anos e meio, no final de maio deste ano. Ele estava perambulando na região de Praia do Forte, muito magro. “Tratamos a doença do carrapato com sucesso mas logo em seguida ele voltou a adoecer e precisou ser internado, e novos exames revelaram leishmaniose”, conta. Bento teve diarreia, vômito e prostração.

Atualmente, tem surgido mais casos, mesmo em regiões que antes não eram consideradas endêmicas como em Salvador. A recomendação dos especialistas é realizar o teste.

Tire suas dúvidas sobre os principais sinais da doença

Qual a melhor forma de prevenção da doença?

Utilização de coleiras e pipetas específicos com ação repelente.

Como é feito o tratamento?

A partir da confirmação da doença, o médico veterinário vai classificar qual o estágio da doença e determinar o melhor tratamento ao paciente. O tratamento utiliza drogas que vão ser administrados por via oral pelos responsáveis. É uma doença crônica que precisa de suporte regular e muitas vezes repetição dos ciclos de medicamentos.

Quais os principais sintomas?

Perda de peso, falta de apetite, descamação da pele, falta de pelos ao redor dos olhos, crescimento exagerado das unhas, lesões ulcerativas que não cicatrizam (ponta de orelha, ponta do rabo), distensão abdominal. São sinais clínicos inespecíficos.

Existem campanhas educativas?

⁠Os médicos veterinários e as faculdades orientam os tutores sobre os riscos.

Fonte: Gabriela Porfírio, médica veterinária

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