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Resenha Rubro-Negra

Por Angelo Paz

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 24 de julho de 2024 às 16:55 h | Autor: Angelo Paz

Sensação de inferioridade

Confira a coluna do jornalista Angelo Paz

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Imagem ilustrativa da imagem Sensação de inferioridade
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No último domingo, ainda sob a desilusão de assistir a frágil derrota do Vitória diante do Grêmio, me veio uma forte sensação de que este atual time é inferior ao que venceu a Série B do ano passado até com larga vantagem. Fui então refleti sobre este pensamento, colocar na balança que os adversários agora apresentam um nível completamente diferente, e mesmo assim fiquei com essa ideia fixa na cabeça.

A forma como o Vitória voltou para a zona de rebaixamento no final de semana foi digna de um time incapaz de competir. Assim aconteceu em Fortaleza, em um 3x1 que cabia mais, e seguiu na referida derrota para o Grêmio, que vinha de uma crise extensa, mas que não encontrou a menor dificuldade para vencer em Caxias do Sul. Uma partida que só escancarou as diversas limitações do Vitória, sem consistência para defender e também para atacar.

Na volta da delegação à Salvador, a notícia: o gestor de futebol, Ítalo Rodrigues, pediu desligamento em meio à segunda janela de contratações da temporada. Na teoria, este seria o momento mais crucial para a sua permanência, tendo em vista a urgência na qualificação de um elenco frágil que não apresenta ao torcedor reais possibilidades de reverter a situação. Pois bem, antes de qualquer crítica a trabalho de Ítalo, é necessário reconhecer o seu trabalho na recondução do Rubro-negro à Série A do Brasileiro.

Anunciado em março do ano passado em um cenário de terra arrasada, fruto de eliminações precoces no Baiano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil, o gestor foi muito assertivo na remontagem do elenco, que se encaixou e fez a melhor segunda divisão que o clube já teve. Lembro-me bem que ao final da Série B, naquela fase de planeamento para a atual temporada, Ítalo concedeu entrevista pontuando que fez um estudo das equipes que alçaram à elite e conseguiram se manter nos últimos cinco anos.

A caraterística de uma equipe de força e transição rápida (ou seja reativa), em dentrimento de um time refinado tecnicamente, algo possível às equipes de orçamento superior, foi o caminho escolhido para ser percorrido. A manutenção de Léo Condé e dos destaques da Série B foram a prioridade inicial, concluída com sucesso. As críticas vieram na sequência. Com um gasto de cerca de R$ 14,7 milhões na primeira janela, o Vitória não elevou o nível das suas apresentações. Voltou a vencer o Baiano com o protagonismo dos remanescentes da Série B.

Algo insuficiente para uma remontada equipe que iniciou a Série A vislumbrando a briga pela Sul-Americana, algo que não aconteceu e muito provavelmente não irá acontecer na sequência da competição. Já sem Ítalo oficialmente no cargo, o Rubro-negro anunciou a contratação de mais um jogador: o zagueiro Edu, que não vinha sendo aproveitado pelo Goiás na Série B e chega numa troca por outro zagueiro, Reynaldo, que jogou apenas cinco partidas pelo Leão.

Além de Edu, vão chegar à Toca dois atletas que estavam fora dos planos do Cruzeiro, que aumentou significativamente o status financeiro com a revenda da SAF. Assim, chegam o zagueiro Neris, de 48 jogos pelo time mineiro, e o volante Machado, que atuou em 132 partidas pela Raposa. Ambos chegam em definitivo ao Leão, que vai desembolsar grana por isso. Estes atletas se juntam ao volante Ryller, já integrado ao grupo, e ao atacante Carlos Eduardo. Muitos nomes e uma aparente sensação: esse time vai continuar sendo inferior ao que disputou a Série B do ano passado. Que eu esteja errado e que as coisas engrenem para o Leão no segundo turno da Série A.

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