Jogos Olímpicos inspiram projeto
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Encerrados os Jogos Olímpicos, o encontro esportivo mundial inspirou a organização de disputas no bairro do Nordeste de Amaralina, com o fortalecimento do Projeto Craque Cidadão, apoiado pela comunidade em forma de aplausos, "vaquinhas" e miaeiros.
O ex-jogador e ídolo eterno do Bahia, Beijoca, está presente, dando força para revelação de novos artilheiros, atraindo para o projeto, meninos em situação de vulnerabilidade, sob risco de serem recrutados para missões de perfil ilegal.
O convívio nem sempre agradável com grupos afundados no banditismo tem produzido, em contrapartida, uma participação maior de crianças e adolescentes, incentivados pelas famílias a buscar uma saída pela prática do futebol.
O trabalho é desenvolvido por “professores”, como acostumou-se a chamar os “treinadores”, em dedicação voluntária para oferecer à juventude uma oportunidade, incluindo o contato com empresários de olho no florescer dos talentos.
A tática de acolhimento, pela via da bola, para moradores entre 6 e 20 anos do Nordeste de Amaralina e entorno, alcança também o Vale das Pedrinhas, Chapada do Rio Vermelho, Ceasa e Santa Cruz.
- Eu vi os meninos batendo baba, sem camisa e sem chuteira, e me veio a ideia de criar o projeto, mas ainda estamos em busca de patrocínio e apoio de órgãos públicos”, afirma o fundador e gestor Edmilson Brito.
Edmilson espelha em sua própria história, pois também cresceu em meio a adversidades assim como seu irmão, Edvaldo, o maior incentivador, e dona Edleusa, irmã e secretária do projeto de acolhimento.
Depois da escolha do padrão em azul e branco, o primeiro; e azul e amarelo, o segundo, o Craque Cidadão contou com apoio da comunidade para adquirir os uniformeso.
Conexão BA-Buenos Aires
O público pediu e o professor baiano Décio Torres Cruz atendeu às suplicas ao confirmar presença na capital da Argentina, para lançar na Terra de “Diós” Maradona o seu já além-fronteiras “La poesia de la matemática". O inusitado livro de poemas já caminha célere para esgotar a primeira tiragem no Brasil, tendo sido vestido em uma capa colorida e convidativa aos cuidados da editora Caravana. A publicação marca a estreia de doutor Décio por seu novo grupo editorial, chamando a atenção dos argentinos a união do talento de aedo com os números, braços dados de Homero a Pitágoras.