COMPORTAMENTO
Pai ou mãe: de quem as crianças herdam a inteligência?
Pesquisa revela se a inteligência vem da mãe ou do pai e o resultado surpreende
Por Luana Leal

A velha dúvida sobre quem as crianças puxam mais pode ter uma resposta científica quando o assunto é inteligência. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Glasgow, no Reino Unido, os filhos tendem a herdar mais a inteligência da mãe do que do pai.
O estudo, que acompanhou mais de 12 mil crianças ao longo de vários anos, identificou que o fator mais confiável para prever o QI de uma criança é, surpreendentemente, o QI da mãe, independente da classe social, etnia ou nível de escolaridade. A revelação vem causando polêmica e muitas discussões nas redes sociais.
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Entenda como funciona a herança genética da inteligência
Segundo os pesquisadores, grande parte dos genes relacionados à cognição estão localizados no cromossomo X, que é duplo nas mulheres e único nos homens. Isso explicaria por que as mães têm mais probabilidade de transmitir características cognitivas diretamente aos filhos.

A pesquisa sugere que até 50% da inteligência é hereditária, enquanto a outra metade depende de fatores externos, como o ambiente, estímulos, educação e experiências vividas.
E o papel dos pais?
Se por um lado a genética materna tem um peso maior na inteligência, isso não significa que os pais fiquem de fora da equação. Segundo o estudo, outras capacidades, como habilidades emocionais, intuição, empatia e desenvolvimento social, são igualmente herdadas, e muitas vezes têm mais relação com o lado paterno.

A inteligência, portanto, não depende apenas da carga genética, mas de uma série de fatores combinados que incluem tanto a biologia quanto o ambiente no qual a criança cresce.
O ambiente também molda o QI
Além da herança genética, o estímulo intelectual oferecido pela família, professores e amigos é essencial para o desenvolvimento da inteligência. Experiências, desafios e aprendizados ao longo da vida são fundamentais para transformar o potencial herdado em capacidade real.
Os especialistas ressaltam que a genética prepara o terreno, mas é o ambiente que cultiva e desenvolve essa inteligência. Por isso, investir em educação, cultura e afetividade é tão ou mais importante quanto qualquer fator biológico.
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