CULTURA
Conheça culinária asiática em Salvador: Coreana, Chinesa e Indiana
Restaurantes temáticos na capital baiana oferecem uma viagem gastronômica, sem sair da cidade, com sabores exóticos e decorações de origem
Por Flavia Barreto e Isis Cedraz
A cidade de Salvador é conhecida pela sua culinária afro, com sua herança africana enraizada. Em cada restaurante, barraca e até mesmo nos deliveries, o Axé sempre está no cardápio das comidas mais variadas, como quiabada, feijoada, pirão de aipim, cozido e a famosa comida baiana. Para o soteropolitano raiz, vestidos de branco, com cheiro de alfazema, o lema é "Toda sexta-feira é santa". Para o pai, o amigo, a namorada, a chefe e o colega de trabalho, o famoso PF já é mais certo do que o próprio dia seguinte.
A capital baiana é bastante acolhedora, criativa e berço de artistas. Sempre tem alguém por aí cheio de invenções, né? E o Portal A TARDE foi bater perna por aí e encontrar os restaurantes com cardápios mais exóticos, com uma culinária criativa, para apresentar a você, leitor, novas experiências que podem ser vividas na sua própria cidade.
Experiência coreana
Se você gosta de doramas, séries e animes e a vida coreana te enche de curiosidade, você pode embarcar nessa experiência coreana. Localizado na Rua Minas Gerais, na Pituba, encontramos o Restaurante Kion. É um restaurante coreano com uma culinária e pratos de origem autêntica.
Ao entrar no local, o que chama atenção é o cheiro ácido, curioso, mas que atiça o paladar. O local é decorado com artefatos originais da Coreia do Sul. E para criar um ambiente de imersão, a TV exibe hits do país asiático.
Lá, mesmo que você não saiba o que pedir, a equipe sabe o que recomendar para cada cliente. No restaurante do Chef Kion, você encontra o cardápio digital sobre a mesa, mas se preferir, pode levar um print ou um vídeo que você salvou; mesmo que a casa não ofereça exatamente o que você procura, haverá um prato similar, inspirados nos doramas e programas coreanos.
Como carros-chefe da casa, Yangneom Chicken e Bibimbap são os mais procurados pelos curiosos. A mistura de proteínas, verduras, sabores ácidos, adocicados e apimentados vai fazer você se perguntar: "Por que eu não comi isso antes?". Com as porções sobre a mesa, você pode ter dúvida de "o que eu como primeiro?", mas, ao mesmo tempo, saboreando e suspirando um "nossa!". Os pratos são sempre coloridos e buscam ser visualmente atraentes, além de prezar pela qualidade. E se você opta por uma alimentação vegana ou vegetariana, a casa oferece opções adaptadas.
Os pratos são bem servidos e o ambiente se torna ideal para desfrutar da companhia de um amigo ou família. O local também serve bebidas alcoólicas, sucos e refrigerantes importados. A maior surpresa são os sucos com pequenos pedaços de fruta caindo sobre o copo. Nas bebidas, você pode encontrar pedaços de coco e uva dentro da lata. E se quiser ter um momento descontraído para além da comida, o local tem espaço para karaokê nos dias de segunda, terça e quarta.
Experiência asiática e chinesa
O Buddha Bistrô, localizado na Rua das Rosas, na Pituba, serve um menu que passeia entre países da Ásia mas tem domínio dos pratos chineses. As referências a clássicos filmes de animação e animes estão em todo o restaurante, da decoração aos pratos principais. O bolinho ‘bao’, de origem chinesa, é uma das especialidades da casa, que o chama de ‘bolinho do Kung Fu Panda’.
Para acompanhar, o bar oferece drinks perfumados e refrescantes. Um exemplo é o Rambuko, drink autoral do Buddha, inspirado nas divindades Tiki da Polinésia, servido em um copo temático com canudo de bambu, servido gelado e com sabor de gengibre, ervas e limão.
Se você busca algo exótico, a entrada recomendada é o Ika Pan, mini sanduíche com camarão empanado, alface, queijo, molho especial, picles de cebola e gengibre no pão negro, tingido com tinta de lula. A mistura de sabores é marcante, mas o que mais chama a atenção é a sensação de fumaça, com um segredinho da chefe que deixa o prato ainda mais curioso: "pegou fogo, mas tá gostoso!".
Mas se você está buscando uma mistura entre Japão e Bahia, o Lámen (ou Ramen) é o prato recomendado. Composto por massa artesanal, legumes, peixe, camarão e alga, é regado por um caldo preparado com lambreta e leite de côco que leva complexidade ao clássico chinês.
Se você curte um rolê cheio de fotos, vá preparado! O Buddha não se destaca apenas pela gastronomia, mas também pela decoração inusitada do banheiro. Aos fãs de anime, o espaço é uma nostalgia pura, com referências que vão de Pikachu a Hello Kitty.
Experiência Indiana
Na Rua João Gomes, no bairro do Rio Vermelho, você vai encontrar o Shanti Restaurante, um lugar temático que começa a surpreender logo na entrada, com letras de giz escritas ao chão. Ao passar pela entrada discreta, você se depara com a escada colorida de azulejos que levam a um ambiente espiritualmente forte, decorado com elementos como budas e quadros, refletindo a mistura de crenças das diferentes culturas que o restaurante abraça. O local também oferece uma varanda ao ar livre, ideal para quem quer relaxar e curtir a vista. O local funciona apenas no horário de almoço.
Uma das grandes atrações do lugar são os tatames, onde os clientes podem fazer suas refeições e bater papo sentados no chão, numa experiência diferente e aconchegante.
O restaurante oferece uma experiência imersiva, inspirada no conceito de thali indiano, existem 18 menus que exploram nacionalidades diferentes, eles são servidos de forma alternada durante os dias da semana. O cardápio diário é fixo, com opções veganas, vegetarianas, ou com proteína animal, sendo peixe ou camarão. A refeição é servida em uma bandeja, acompanhada de diversos acompanhamentos e uma mini sobremesa, tudo artesanalmente preparado e adaptado ao paladar brasileiro.
Logo na recepção, os clientes são recebidos com um chá de boas-vindas, dando início a uma verdadeira imersão cultural. O cardápio usa os nomes originais dos pratos, acompanhados de descrições em português. As principais influências vêm de países como Indonésia, Índia, China e Japão e o ambiente é proposto pelos sócios como um local que “abraça pelo espaço e comida, a intenção não é replicar pratos, mas imergir os clientes em diferentes culturas”, explica Juli Holler, sócia do Shanti.
Veja vídeo da experiência abaixo:
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