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23/07/2024 às 7:00 • Atualizada em 23/07/2024 às 19:26 - há XX semanas | Autor: Flávia Barreto

ARMORIAL 50

Dez anos sem Ariano Suassuna: Exposição em Salvador relembra legado do artista

Mostra será exibida de forma gratuita no Museu de Arte da Bahia (MAB) de 23 de julho a 20 de outubro de 2024

Exposição "ARMORIAL 50" chega ao Museu de Arte da Bahia em homenagem a Ariano Suassuna
Exposição "ARMORIAL 50" chega ao Museu de Arte da Bahia em homenagem a Ariano Suassuna -

“Não troco o meu oxente pelo ok de ninguém”. Nordestino ou não, dificilmente há alguém que não conheça essa célebre frase de Ariano Suassuna, o grande homenageado da exposição "Armorial 50", aberta hoje em Salvador. A mostra, que celebra o Movimento Armorial, fundado pelo artista, irá ocupar o Museu de Arte da Bahia (MAB) desta terça-feira, 23, até o dia 20 de outubro, marcando ainda a reabertura do MAB, que recentemente passou por reformas, e o décimo aniversário do falecimento do artista, ocorrido em 23 de julho de 2014.

>>> Leia também: MAB reabre após revitalização com exposição do Movimento Armorial

Após alcançar mais de 350 mil visitantes em cidades como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Campina Grande e Recife, a mostra chega à capital baiana com curadoria de Denise Mattar, idealização de Regina Rosa de Godoy e consultoria de Manuel Dantas Suassuna, filho de Ariano, e do professor Carlos Newton Júnior.

Veja imagens da exposição

Para Regina Godoy, o Movimento Armorial de Ariano Suassuna valoriza a cultura brasileira e a nordestina. Ela conta ainda como ele se expressa na exposição.

“Primeiro, Ariano é uma referência, né? Então, quando ele fala do Armorial, quando ele articula para que esses artistas todos estejam sob essa égide do Armorial, ele traz a cultura popular em evidência. Então, é um movimento brasileiro, é um movimento que vem do Nordeste, que valoriza a cultura popular brasileira e que coloca o erudito e o popular no mesmo pé de igualdade. Ele fala de um Brasil raiz, sabe? Um Brasil que trabalha as questões afro-brasileiras e indígenas. Ele traz essa mistura muito forte. Então, pra mim, eu falo isso muito particularmente, eu acho que é importante esse movimento, que a gente se reconecta com o que tem de mais bonito na gente, que é essa beleza, essa alegria, esse colorido que é o brasileiro”, explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Dez anos sem Ariano Suassuna: Exposição em Salvador relembra legado do artista
| Foto: Shirley Stolze | Ag A TARDE

A mostra trouxe para Salvador 135 obras. "Pelo espaço, a gente não conseguiu trazer mais, mas são 13 colecionadores. E todas são do Recife. Muitas dessas obras, 90% delas, nunca tinham saído do Recife, então, a gente trouxe. A gente tem histórias lindas, coisas lindas", explica ela.

A produtora cita a obra do artista Gilvan Samico como um dos destaques da exposição e menciona que algumas merecem uma atenção especial.

"A gente tem um conjunto de obras do Gilvan Samico, que para mim, é o mais especial de todos, porque Samico era um gravurista reconhecido já, mas ele também era pintor e queria ser reconhecido como pintor. Então, nesta exposição, a gente traz três conjuntos de obras, que incluem pintura e xilogravura. Assim, temos as referências de uma na outra, o erudito e o popular trabalhando juntos. E tem uma obra linda, maravilhosa, que mostra essa pintura dele, que era delicada. Então, esses três conjuntos nunca tinham sido mostrados juntos. Para mim, isso é o mais significativo, porque ele trabalha exatamente a pintura e a gravura como elementos, um da cultura popular, outro da cultura erudita, que se conectam", completou.

Gilvan Samico
Tríptico, 1972
óleo sobre
aglomerado
126 x 173 cm
Acervo MAMAM
Gilvan Samico Tríptico, 1972 óleo sobre aglomerado 126 x 173 cm Acervo MAMAM | Foto: Divulgação

Um dos pontos altos da exposição é a inclusão de obras de Francisco Brennand, amigo de Suassuna reconhecido pela criação dos figurinos originais do filme “A Compadecida", de 1969, antecessor do famoso "O Auto da Compadecida". Todos os desenhos e figurinos da produção estão disponíveis.

De acordo com Denise Mattar, a exposição também apresenta amostras do primeiro Armorial realizado por Ariano Suassuna em 1970. A Universidade Federal de Brasília tinha uma coleção de obras compradas pelo artista. Vale lembrar que a última aula dada por Suassuna foi na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, em 2014, alguns meses antes de morrer, quando ele discutiu temas relacionados à cultura nordestina e às obras literárias e teatrais assinadas por ele.

"As obras que vocês vão ver aqui, que representam essa fase instrumental, elas não foram escolhidas por mim, elas foram escolhidas por Ariano. É uma maravilha", contou a curadora.

  • Dez anos sem Ariano Suassuna: Exposição em Salvador relembra legado do artista
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  • Exposição "ARMORIAL 50" chega ao Museu de Arte da Bahia em homenagem a Ariano Suassuna
    Exposição "ARMORIAL 50" chega ao Museu de Arte da Bahia em homenagem a Ariano Suassuna |
  • Dez anos sem Ariano Suassuna: Exposição em Salvador relembra legado do artista
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A exposição acontece de forma gratuita, com ingressos disponíveis através do site ou presencialmente nas bilheteiras do MAB. Durante a visita, o público pode fazer um tour pelo espaço ouvindo duas horas de música Armorial, acessando o código QR presente no local.

>>> Veja: “O Auto da Compadecida 2” ganha data de estreia; saiba quando

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"ARMORIAL 50" 106 anos do MAB Ariano Suassuna Auto da Compadecida exposição Gilvan Samico homenagem a Ariano Suassuna

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