Pernambucano responsável por consolidar o ensino de biblioteconomia no Brasil, o bibliotecário e escritor Edson Nery da Fonseca (1921—2014) será homenageado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) na 13ª Bienal do Livro de Pernambuco. O evento acontece de 1º a 12 de outubro, unindo conteúdo virtual e presencial.
A abertura oficial do estande da Fundaj aconteceu no último sábado, 2. A homenagem antecipa o centenário de nascimento do escritor, a completar-se em dezembro deste ano.
Segundo a entidade, Nery está entre os nomes que marcam a história do órgão, do qual foi superintendente do Instituto de Documentação, coordenador de Assuntos Internacionais e assessor da presidência. Outros marcos na carreira dele incluem ainda a criação da Biblioteca Central, da Universidade de Brasília (UnB), onde formatou também o curso de Biblioteconomia.
No Distrito Federal, Nery da Fonseca tem sua assinatura também no acervo da biblioteca do Palácio da Alvorada. O projeto foi confiado a Antônio Houaiss e Francisco de Assis Barbosa, mas coube a ele a compra, tombamento e catalogação dos exemplares. Na cidade natal Recife, ele fundou o primeiro curso de Biblioteconomia do Nordeste e reformou as bibliotecas da Faculdade de Direito e da Escola de Engenharia. Autor de “Introdução à Biblioteconomia” (Briquet de Lemos, 2007), o bibliotecário foi um forte defensor da informatização dos acervos, ainda que muitos colegas o criticassem por acreditar que a modernização acabaria com o valor do livro.
O estande da Fundaj conta com todos os acervos digitalizados da instituição (Villa Digital, Cinemateca Pernambucana, Pesquisa Escolar), no qual o público pode acessar por meio de um computador e do auxílio de um monitor(a). Também são realizadas atividades presenciais como lançamentos de livro, contação de histórias e apresentações teatrais.
No Espaço Educativo, são ofertadas oito atividades, que poderão ser acessadas pelo canal da Fundação Joaquim Nabuco no YouTube. Contação de histórias e diversas oficinas estão dentro da programação que abre com o vídeo “Dias de Solidão”.
A produção relembra o fechamento do Museu do Homem do Nordeste e Engenho Massangana. Além de apresentar discussões sobre os desafios dos equipamentos culturais na pandemia, ela apresenta também os colaboradores das diversas coordenações que os compõem.
Para facilitar a realização das oficinas, o material pode ser solicitado no Espaço Educativo, da Fundaj, na Bienal, e levado para casa.