EM SALVADOR
Vem aí? Mesa de “Heartstopper” na Bienal terá surpresa
Curador da Arena Jovem, Schneider Carpeggiani contou novidade sobre fenômeno teen
Por Bianca Carneiro
Falta menos de um mês para a Bienal do Livro Bahia 2024. A programação do evento foi divulgada na terça-feira, 26, e entre destaques como os autores Scholastique Mukasonga, Itamar Vieira Jr, Paula Pimenta e Thalita Rebouças, há ainda uma mesa voltada a debater a série de livros LGBTQIAPN+ “Heartstopper”. O momento, segundo o curador da Arena Jovem, Schneider Carpeggiani, reserva uma surpresa.
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“Vai ter uma mesa só sobre o Heartstopper, que é essa febre, e essa mesa tem uma surpresa que eu não posso revelar ainda, mas só para quem tiver no dia na Bienal, é que vai saber”, disse ele, sem dar mais detalhes.
Considerado um verdadeiro fenômeno teen, Heartstopper, da britânica Alice Oseman, acompanha o meigo e inseguro Charlie e o jogador de rugby e superpopular Nick, dois garotos que se conhecem no colégio, como quaisquer outros adolescentes. O que aparentava ser uma amizade improvável entre duas pessoas bastante diferentes, no entanto, não demora para mostrar que, na verdade, está prestes a se transformar em algo mais. A obra foi adaptada para série de mesmo nome pela Netflix e já é um sucesso. Em 2022, Kit Connor e Joe Locke, as estrelas da produção, vieram ao Brasil para participar da CCXP.
Para quem não quer perder a tal surpresa, a mesa de Heartstopper será no dia 27 de abril na Arena Jovem às 15h, com o tema “Somos mais fortes junt@s”. Até o momento, estão confirmados no painel os escritores Clara Alves e Deko Lipe, com mediação de Roberta Gurriti.
Jovens na leitura
Para Carpeggiani, a Bienal do Livro é muito mais do que uma simples celebração literária. É também um momento de reflexão, de encontro e de discussão sobre os principais temas que afetam a sociedade. O curador citou o tema deste ano, “As Histórias que a Bahia Conta", que trará a presença de pelo menos um participante baiano, e destacou algumas atrações importantes para a juventude acompanhar.
“O tema deste ano da Bienal vai ser as histórias que a Bahia conta. Já que tem essa ideia que todo mundo vem pra Salvador, então a gente vai usar Salvador como uma espécie de QG para discutir algumas das questões que estão em voga agora no Brasil. Por exemplo, a gente vai ter uma mesa com a historiadora Heloisa M. Starling discutindo sobre os 60 anos do golpe militar. A gente vai ter Daniela Mercury falando dos 40 anos da carreira dela e Daniela Mercury é um nome fundamental pra gente pensar, uma ideia da Bahia do Brasil. A gente vai ter mesas sobre a relação entre literatura e religiosidade também e também alguns principais nomes da literatura infantil juvenil no Brasil, como Paula Pimenta, Thalita Rebouças, o Pedro Rhuas”, elenca.
Para o jornalista, atrair adolescentes para a literatura passa por incentivar momentos coletivos. “Trabalho em editora e sei também dessa dificuldade de atrair leitores. Mas eu acho que a gente está vivendo um momento também que é interessante também. Por conta das redes sociais e por conta dos clubes de leitura, durante muito tempo se pensava muito como a leitura sendo a mais solitária do consumo de arte. Mas agora, com os clubes de leitura e com as redes sociais também tem um lado positivo nisso, em que a leitura está virando, na verdade, um grande hábito coletivo. Eu acho que a programação da Bienal, eles pedem também isso”.
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