'ORIXÁ É OURO'
Banda Barú lança clipe afro-indígena na Ilha de Itaparica
Íntegra do single vai ganhar show de lançamento na Casa de Mãe em 31 de julho
Por Da Redação

Dois dos orixás mais importantes das religiões de matriz africana, Exú e Yemanjá, surgem como protagonistas do clipe 'Orixá é ouro', da banda Barù, formada por João Acácia e Mayra Couto. Uma prévia da obra foi lançada em celebração ao Dia da Independência do Brasil na Bahia e a íntegra do single vai ganhar show de lançamento na Casa de Mãe em 31 de julho.
Gravado na Ilha de Itaparica, o trabalho busca retratar a cultura afro-indígena a partir da interação com a natureza e a rica memória ancestral da ilha. O videoclipe é finalizado com um manifesto trazendo um contexto sobre como a natureza e sua preservação são eixos de interação entre as culturas afro-indígenas, evidenciando a cosmovisão dos povos originários como forma de resistência e retomada de seus territórios.
Com direção criativa do próprio duo, a produção audiovisual apresenta, ainda, a Cabocla, representante da herança indígena. Na obra, Exú vai ao encontro dela na floresta, numa dança onde as forças do orixá e da entidade indígena interagem, e a energia de uma alimenta a outra.
Na história do clipe, tudo começa com Ila, uma candomblecista que vai entregar uma oferenda para Yemanjá na praia, mas entra em transe e “sonha” com diversos orixás e a Cabocla. A beleza destes encontros com o sagrado fica ainda mais vívida nas danças de Ila e Elivan, responsáveis pela coreografia e representação dos personagens.
Orixá da comunicação e do movimento, Exú é retratado como "O grande mensageiro, a boca que tudo come", figura vital para a existência de tudo no mundo. Mãe de Exú e de todos os orixás, Yemanjá representa a fartura e a energia das águas. Já a Cabocla é o símbolo da força da natureza, a verdadeira dona da terra, feminina em essência, e dos povos originários, resistindo, em sua maioria, em processo de retomada.
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