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01/07/2024 às 18:10 - há XX semanas | Autor: Matheus Calmon

MÚSICA

Estrelas do 2 de julho, filarmônicas formam artistas e cidadãos

Cruciais agentes de transformação social, entidades enfrentam desafios para sustentar suas atividades

Filarmônicas garantem acesso à arte e cultura, promovendo inclusão e desenvolvimento pessoal
Filarmônicas garantem acesso à arte e cultura, promovendo inclusão e desenvolvimento pessoal -

Em um palco onde sons se entrelaçam com histórias, as filarmônicas desempenham papel fundamental na formação de músicos e cidadãos. Estas instituições, muitas delas centenárias, não apenas proporcionam educação musical gratuita para jovens e adultos, mas também servem como pilares culturais e sociais dentro das comunidades.

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Ao oferecer aulas de música, as filarmônicas garantem acesso à arte e cultura, promovendo inclusão e desenvolvimento pessoal, especialmente para aqueles em situações de vulnerabilidade social.

Projetos sociais são o coração pulsante das filarmônicas, que muitas vezes se estendem além das aulas de música. Iniciativas como oficinas de audiovisual, pintura em tela, e educação ambiental complementam a formação acadêmica e cívica dos participantes.

Em atividade no centro da cidade de Santo Antônio de Jesus, em um prédio particular datado do final do século XIX, com arquitetura totalmente preservada, a filarmônica Amantes da Lyra tem como principal missão oferecer aulas de música gratuitas, formar músicos e, consequentemente, formar cidadãos utilizando a música como uma ferramenta.

Presidente da instituição, Bruno Macedo conversou com o Portal A TARDE e afirmou que o grande desafio para a manutenção das atividades, no entanto, é a limitação do recurso financeiro.

"Embora nesse pós-pandemia surgiram alguns editais específicos para a filarmônica, ainda é muito pouco para a dimensão do trabalho que é feito e para o quantitativo da população da nossa cidade. Com os recursos dos editais e dos convênios, ainda é muito limitante as ações que a gente consegue fazer", explica.

Imagem ilustrativa da imagem Estrelas do 2 de julho, filarmônicas formam artistas e cidadãos
| Foto: Divulgação

Uma das atividades da filarmônica será a participação no encontro de filarmônicas que acontecerá neste 2 de julho, data magna em que estes grupos atuam. "Participar desse evento, ser selecionado, é de grande importância para a entidade porque a gente considera que esse evento é a maior expressão artística e cultural para o nosso estado. É onde se reúne a maior concentração de moradores. São manifestações culturais no estado ao longo do ano", disse.

O encontro é organizado há mais de 30 anos pelo maestro Fred Dantas, criador da Oficina de Frevos e Dobrados e gestor da Filarmônica Ambiental, que tem tem ensinado música não só a alunos da escola formal, mas a dezenas de jovens de toda a região de Camaçari, que com a filarmônica se apresentam publicamente inclusive na capital baiana.

Fred ressalta a importância de eventos culturais significativos em Salvador, como a Lavagem do Bonfim, e a participação constante das filarmônicas. No entanto, ele lamenta a suspensão das aulas para crianças, diretamente relacionada à falta de apoio contínuo.

Ciente da necessidade de apoio para as filarmônicas, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) selecionou 10 bandas oriundas de diversas cidades baianas para desfilar no cortejo do 2 de julho que sai do Largo da Lapinha em direção ao Terreiro de Jesus, em Salvador.

Sara Prado, diretora geral da entidade, frisa que filarmônicas "são instituições centenárias, em sua maioria, que reúnem em sua composição crianças, jovens, adultos, homens, mulheres, pessoas das mais diversas realidades em municípios baianos, comunidades rurais, urbanas".

Ela pontua que, com tanta diversidade humana, as entidades são celeiros de cultura e de arte e possuem trabalho social de suma importância às suas cidades. "Nossa missão é fortalecer as Filarmônicas de toda a Bahia, visibilizar suas trajetórias, legado e promover o aprimoramento, a qualificação, a instrumentalização de seus fazeres pra que estejam cada vez mais fortes e atuantes, cada vez mais diversas e presentes em nossa Cultura”.

Em Cachoeira, a mais antiga em atividade

Quem também participa do Encontro no 2 de julgho é a Sociedade Minerva Cachoeirana, fundada há 146 anos e dona do posto da mais antiga filarmônica em atividade.

Coordenador de projetos da filarmônica, Roberaldo Galiza conta que, entre os projetos da entidade está o 'Cinema nas Comunidades', onde filmes são exibidos e debatidos, ajudando a ampliar o entendimento dos jovens sobre diversos assuntos.

Imagem ilustrativa da imagem Estrelas do 2 de julho, filarmônicas formam artistas e cidadãos
| Foto: Divulgação

"A Minerva sempre pensou em formar, mais do que músicos, formar cidadãos com os valores devidos, trabalhando sempre a cidadania, a elevação da autoestima, o senso empreendedor, a capacidade de querer e poder e saber que pode fazer", explica.

Ele pontua que graças ao trabalho, as crianças e jovens atendidos aprendem valores e a combater e não praticar preconceito, intolerância e têm novas perspectivas de vida. "Eles vão entendendo que são capazes e vão realmente mudando, porque passam a ver o mundo sob outro prisma". Ele pontua que as atividades são gratuitas, mas a falta de apoio de entes públicos ou privados são pedras no caminho da manutenção.

"As filarmônicas enfrentam dificuldades financeiras para manter suas atividades e precisam de apoio tanto público quanto privado. Quando realizam projetos voltados para crianças e adolescentes, é essencial ter material didático disponível, tudo oferecido gratuitamente aos alunos. Esse apoio é crucial para proporcionar acesso à cultura e desenvolver valores como respeito e trabalho em grupo, formando cidadãos e não apenas músicos. A transformação que essas iniciativas trazem é perceptível, com feedback positivo de pais e escolas, mostrando que os jovens começam a ver valor e propósito em suas atividades", diz ele.

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