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MÚSICA

Ex-frenética, Sandra Pêra faz show com clássicos de Belchior no TCA

Cantora, compositora, atriz e diretora carioca traz para Salvador o show Sandra Pêra em Belchior

Por Eugênio Afonso

09/05/2024 - 7:00 h
Sandra Pêra faz show hoje e amanhã, às 20h, na Sala do Coro do Teatro
Sandra Pêra faz show hoje e amanhã, às 20h, na Sala do Coro do Teatro -

Sandra Pêra, 69, aporta em Salvador. Para quem não está linkando o nome à pessoa, aqui vão duas dicas fundamentais: Sandra é irmã da talentosíssima Marília Pêra, quiçá a maior atriz que este país já viu, e ex-integrante do sexteto ‘dancing’ feminino As Frenéticas, uma das bandas mais animadas e criativas dos embalos de sábado à noite, no auge da discoteca – no final dos anos 1970 e início dos 80 –, no Brasil.

Em carreira solo desde que se separou das Frenéticas (1982), a cantora, compositora, atriz e diretora carioca traz para Salvador o show Sandra Pêra em Belchior, hoje e amanhã, às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves.

Baseada no álbum homônimo lançado em 2021 e dedicado à obra do cantor e compositor cearense, a turnê chega à capital baiana depois de passar por São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Sobral, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Sandra diz que o objetivo do show é poder divulgar seu trabalho e, sobretudo, ser feliz em cima de um palco. “Este é o grande propósito, cantar para uma plateia que queira te ver, e também poder cantar pelo país afora”.

A decisão de gravar Belchior surgiu depois de ter ouvido a música Mucuripe, no disco de Fagner (Serenata, 2022), em um jantar na casa de Kátia Almeida Braga, dona da gravadora Biscoito Fino.

“Kátia me perguntou: você não tem vontade de gravar Belchior? Quando saí de lá e fui pra casa, comecei imediatamente a ouvir Belchior. Liguei pra Amora, minha filha e uma das produtoras. E à medida que você vai descobrindo o cantor, você percebe que ainda não conhece tudo dele”, detalha a irmã de Marília.

No repertório do show, clássicos do bardo cearense, como Paralelas, Medo de Avião, Todo Sujo de Batom, A Palo Seco, Velha Roupa Colorida, Mucuripe, Galos, Noites e Quintais e Sujeito de Sorte.

E apesar de levar o nome do genial compositor no título, a cantora não se ateve somente à obra dele. “Eu fiz um miolinho com músicas que gosto muito de cantar, mas o repertório é basicamente Belchior”, detalha.

É que Sandra também leva ao palco músicas de outros importantes compositores brasileiros, como Gonzaguinha, Fernando Lobo, Paulinho Moska, Dominguinhos, Djavan e Marisa Monte, além da autoral Se Pode Criar, em parceria com o compositor carioca Guilherme Lamounier (1950 - 2018, autor da canção Enrosca – famosa na voz de Fábio Jr.

Multitalentos

Mesmo há quase 40 anos sem gravar um disco – seu primeiro álbum é de 1983 e leva seu nome –, Sandra sempre esteve ligada ao entretenimento através de espetáculos teatrais, programas de televisão e cinema.

“Desde que gravei este disco (Sandra Pêra), o teatro aconteceu muito. A gente vive em um país em que você tem que se virar. Cantar, dançar, sapatear. Como vivo no Brasil, vou fazendo coisas que vão acontecendo na minha vida”, relata a cantora.

Com relação à influência de Marília em sua vida profissional, Sandra garante que a irmã foi uma escola. “Muitas atrizes, mesmo jovens, têm muito dela. Tudo que aprendi como diretora, como atriz, como cantora, claro que tem muito dela. E tem meu amor e minha saudade”.

Para a intérprete, todas as funções que exerce no meio artístico falam ao seu coração. “Gosto muito de estar no palco. A cantora e a atriz são muito semelhantes. Já cantei e canto várias vezes como atriz”, constata a artista.

Sandra revela ainda que a Bahia é uma terra que lhe interessa muito e de diversas maneiras. “Ela tem um canto, uma melodia no falar, na música. É um povo maravilhoso, lindo, que gosto de verdade. A Bahia me interessa como arquitetura, como praia. Tô muito feliz de estar fazendo este show e poder chegar na Sala do Coro”, conclui.

Sandra Pêra em Belchior tem direção e roteiro de Amora Pêra (filha de Sandra com Gonzaguinha). Hoje e amanhã à noite, a cantora estará acompanhada de Mimi Lessa na guitarra (e direção musical), Lourival Franco no teclado, Pedro Peres no baixo, e André Fróes na bateria. Quem patrocina é a Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Sandra Pêra em Belchior / 09 e 10 de maio / 20h / Sala do Coro do Teatro Castro Alves / R$ 30 (inteira), R$ 20 (tarifa cultural) e R$ 15 (meia) / à venda na bilheteria do TCA e no Sympla / Classificação: 12 anos

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Tags:

As Frenéticas belchior cultura brasileira música brasileira Sandra Pêra show em salvador

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