APÓS POLÊMICAS
Maestro do NEOJIBA comenta imbróglio da Osba: “fico aliviado”
Ao Portal A TARDE, Ricardo Castro afirmou que nunca concorreu ao comando da Osba
Por Edvaldo Sales
O imbróglio envolvendo a gerência da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) deu o que falar no ano passado. Ex-maestro da instituição, entre 2007 e 2010, Ricardo Castro viu seu nome envolvido na recente situação, já que o IDSM (Instituto de Desenvolvimento Social pela Música), que é ligado a ele, chegou a vencer uma licitação que definia a gestão da orquestra até meados de 2025.
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A decisão, no entanto, acabou cancelada e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) contratou a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), liderada pelo maestro Carlos Prazeres, para continuar gerindo o grupo em caráter emergencial. A contratação tem como prazo de vigência 180 dias (seis meses) ou até a conclusão do processo de Seleção Pública Ordinária.
Maestro do Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA), voltado para crianças e jovens, de 6 a 28 anos, Ricardo Castro afirmou, ao Portal A TARDE, que nunca quis comandar a Osba.
“Foi o IDSM que apresentou uma proposta. Eu nunca pretendi fazer nada mais do que o NEOJIBA. A minha passagem pela Osba foi, vamos dizer assim, uma obrigação de cidadão para poder implantar o NEOJIBA e redinamizar a música sinfônica no Estado da Bahia. Eu acho que consegui, com muito menos recursos do que hoje é oferecido à orquestra, fazer grandes temporadas e trazer público”, pontuou o maestro.
De acordo com Castro, quanto a perda do edital pela IDSM que aconteceu, ele diz que “obviamente lamento, mas, ao mesmo tempo, fico aliviado”. O músico afirmou, ao se referir ao NEOJIBA e à Osba, que “havia muita confusão entre as duas instituições”. “As pessoas me encontravam na rua e falavam ‘ah, eu escutei o senhor’. Eu falava ‘não era eu, era outro maestro’”.
Para Ricardo Castro, “o bom dessa história é que eu nunca mais vou ser confundido porque agora as pessoas separam”, brincou.
Eu diria que eu nunca mais vou ser confundido com nenhum 'Zé Carioca da batuta'. Porque, realmente a minha função aqui em Salvador é bem diferente e eu tenho uma história desde 2007. Eu tomei uma decisão na minha carreira de apoiar essa linguagem aqui na Bahia e estou muito feliz aqui no NEOJIBA e não pretendo sair para outra instituição, nem me envolver com outras instituições.
O maestro disse ainda que, quanto à situação atual, não tem “nada a acrescentar”. “Eu espero que o governo faça o seu trabalho, publicando os editais e que esses editais tragam as exigências que são mínimas para o para o investimento que é feito nessas instituições. Não considero que seja um gasto, são investimentos fundamentais. É uma área que traz muito para todos”, destacou.
Entenda a questão da Osba
Em julho do ano passado, o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) teve a única proposta classificada para gerir a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) pelos próximos dois anos. Na época, o resultado do edital de seleção foi publicado pela Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA).
Na ocasião, a Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), que também participava da licitação e comandava a Osba, foi desclassificada por incapacidade técnica. Mas a instituição recorreu e a Secult acabou decidindo pela desclassificação de ambas as organizações.
No entanto, dias após anunciar a desclassificação das duas entidades, a Secretaria contratou a ATCA, liderada por Carlos Prazeres, para voltar a gerir a orquestra, mas em caráter emergencial. O contrato atual tem como prazo de vigência 180 dias (seis meses) ou até a conclusão do processo de Seleção Pública Ordinária.
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