Comédia trata da convivência diária entre casal
Manter um casamento não é tarefa fácil. Administrar a rotina diária, o cotidiano da casa, a divisão de tarefas, as brigas, as pequenas manias de cada um, os ciúmes velados ou escancarados, as demandas de afeto, exigem muito jogo de cintura e, não raras vezes, situações hilárias que os amantes envolvidos nem sempre percebem.
É sobre este universo que trata a comédia Até que o Casamento nos Separe, que lança uma lente de aumento sobre as alegrias e os quiprocós a dois. O espetáculo, que traz ao palco os atores Suzy Rêgo e Eduardo Martini, fica em cartaz no Teatro Isba, nesta sexta, 9, às 21 horas, e sábado, 10, às 20 horas.
A montagem mostra o dia a dia do casal Otávio e Maria Eduarda, que, com a maior sinceridade, abre sua vida, retratando as dificuldades de se manter um relacionamento longínquo.
Picuinhas
"É a história de um casal que está junto há 20 anos, entre namoro e casamento, com todas as picuinhas, implicâncias, ciuminhos, renúncias. Enfim, o espetáculo, com deboche, mostra todos aqueles detalhes engraçados que acontecem entre parceiros. A ideia é falar do amor, com otimismo, graça, humor e doses de picardia", destaca Suzy Rêgo, que não poupa elogios ao colega de cena e diretor, Eduardo Martini.
"Ele tem uma energia incrível. Nosso casamento artístico é excelente", brinca. A atriz, que na vida real é mãe dos belos gêmeos de sete anos Marco e Mássimo, está escalada para a próxima novela das 19 horas da Rede Globo, Rock Story.
Na trama, ela será Gilda Saboia, mulher de Paulo Betti. "Ele desta vez estará ao meu lado, não será meu inimigo", ri Suzy, fazendo alusão à novela Império (a personagem Beatriz, vivida pela intérprete, era casada com o bissexual Claudio (José Mayer) e sofria perseguições do blogueiro Téo Pereira (Paulo Betti).
Múltiplo
Já o ator Eduardo Martini, que, além de atuar, dirige, produz a peça e divide a dramaturgia com Cris Nicolotti, afirma que seu maior desafio foi selecionar, nas diversas situações engraçadas do texto, o que era bom para o espetáculo.
Ele entrega que a peça, que traz no cenário apenas uma cadeira e um genuflexório (móvel para rezar, em forma de cadeira, com estrado baixo para ajoelhar), começa com o par amoroso em questionamentos no dia do casamento.
"Otávio, meu personagem, é apaixonado pela esposa, mas é um cara bem atrapalhado. Mesmo quando quer agradar faz besteiras. Maria Eduarda, personagem de Suzy, é mais centrada, mas também reclama de tudo", diz.
"As pessoas me perguntam: você colocou uma câmera de vídeo na minha casa? De uma forma ou outra, há muita identificação por parte do público", finaliza o intérprete, que se inspirou no irmão para o papel.