>
Cultura
>
Televisão
BBB: Fred Nicácio disse que tentou ser hétero para agradar igreja
Vítima de intolerância religiosa, umbadista falou sobre período em que frequentou Igreja Batista
Participante do Big Brother Brasil (BBB), Fred Nicácio falou, em conversa com Cara de Sapato na madrugada desta quinta-feira, 23, sobre suas experiências quando frequentava a Igreja Batista. "A igreja me ensinou coisas incríveis, mas foi um ambiente torturador para mim", revelou o médico, que hoje é da Umbanda e sofreu intolerância religiosa dos participantes Key Alves, Gustavo e Cristian.
Homossexual assumido, Fred Nicácio disse que chegou a "tentar ser hétero" para agradar a igreja. "Eu fiz jejum, fui para um monte de oração de madrugada, tentei namorar meninas. Mas, por mais que eu pedisse a Deus, nada em mim mudava. Me sentia culpado, pecaminoso", desabafa.
"Foi muito doloroso entender que eu sou gay. O pastor e as pessoas diziam que Deus não me aceitava, não me amava, que o que eu fazia era sujo. Como eu me sentia diante daquilo? Eu não pedi para ser assim, então Deus me fez errado? Você começa a entrar em crises, e a igreja não consegue te acolher mais", concluiu o médico.
Intolerância religiosa
Um diálogo na casa do BBB na última segunda-feira, 20, pode virar caso de Justiça. Após Cristian, Gustavo e Key Alves dizerem ter medo do participante Fred Nicácio por conta da sua religião, a equipe jurídica do médico, que é da Umbanda, afirmou que tentará levar o caso para o tribunal.
“Intolerância religiosa é crime! A equipe jurídica de Fred Nicácio já está com posse das imagens e tomará as medidas jurídicas cabíveis”, escreveu a equipe em nota nas redes sociais.
Em uma das falas, proferidas por Cristian, a manifestação religiosa do médico foi citada. “Eu vi ele [Fred Nicácio] parado fazendo ‘os negócios’ dele. Quando olhei de novo, o Gustavo estava rezando. Daí eu fiquei com medo e rezei também”, disse o participante.
Na edicão do BBB da última segunda-feira, 20, o apresentador Tadeu Schmidt deu uma longa bronca nos participantes por conta do caso de intolerância religiosa.
