LEGADO
“Foi um precursor”, diz filha de Mauricio de Sousa sobre o pai
Mônica Sousa foi um dos destaques do primeiro dia da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Por Edvaldo Sales
Filha de Mauricio de Sousa, Mônica Sousa foi um dos destaques do primeiro dia da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo com um bate-papo sobre o legado criativo e empreendedor do pai. Ela é a diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções (MSP), empresa fundada pelo quadrinista brasileiro que criou a ‘Turma da Mônica’. O evento começou nessa sexta-feira, 6, e segue até o dia 15 de setembro.
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A Mônica da vida real abordou diversos assuntos na ocasião e um deles foi a maneira com a empresa está sempre atualizada com os temas que estão em discussão. Ao comentar sobre o assunto, ela explicou que a MSP “é uma empresa que sempre foi plural”.
“Isso começou já com o Mauricio de Souza. Ele também iniciou com uma menina de três anos que já era empoderada em um ano que nem existia essa palavra. Ele começou Chico Bento defendendo a natureza. Então, de alguma maneira, acho que ele já foi precursor de tudo isso que estava vindo”, enfatizou.
Mônica pontuou que o respeito às diferenças também foi importante no legado do pai. “A gente só está aperfeiçoando e trazendo mais informações do que está acontecendo no mundo. A Mauricio de Sousa Produções, na maioria das semanas, tem algum palestrante falando sobre as diferenças, o meio ambiente, ou sobre direitos das mulheres, das crianças, entre outros”, revelou.
Segundo a diretora-executiva, em uma dessas ocasiões, a ONU Mulheres pediu para os artistas tiraram o avental das personagens femininas. “A gente nunca tinha pensado nisso, porque já fazia parte do desenho e não tínhamos prestado atenção”, disse.
De acordo com Mônica, o seu pai sempre se inspirou em pessoas que existiram para criar os seus personagens. Uma delas foi a Dorina Nowill, uma educadora e ativista brasileira cega que criou a Fundação que leva o seu nome e que é uma entidade sem fins lucrativos que promove o acesso de cegos à educação. Ela foi a inspiração para Mauricio criar a Dorinha em 2004.
A equipe de reportagem do Grupo A TARDE viajou a convite da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
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