LUTO
Funarte lamenta morte do cartunista Ziraldo
Artista morreu nesse sábado, 6, no Rio de Janeiro
Por Da Redação
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lamentou o falecimento do escritor, cartunista e ex-presidente da Fundação, Ziraldo. Ele morreu nesse sábado, 6, aos 91 anos de idade, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com a família, o artista faleceu enquanto dormia, em sua residência.
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“Encantou-se o multiartista, chargista, caricaturista, jornalista e presidente da Funarte em 1985, Ziraldo. Do Pasquim ao menino maluquinho, Ziraldo é um dos compositores de um imaginário de país e inscreve a sua arte e humor insurgentes em defesa de um Brasil democrático. Salve Ziraldo!”, destacou a presidenta da Funarte, Maria Marighella.
Nascido no dia 6 de abril de 1932, no Rio de Janeiro, Ziraldo Alves Pinto foi criador de personagens famosos como “O Menino Maluquinho” e “Turma do Perecê”.
Cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista, gestor e jornalista brasileiro, Ziraldo foi um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil e presidiu a Fundação Nacional de Artes durante o ano de 1985.
Insurgente, Ziraldo fundou o Pasquim
Durante a ditadura civil-militar, em resposta ao ato institucional AI-5, Ziraldo juntou-se a outros jornalistas e cartunistas como Jaguar (Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe), Henfil (Henrique de Souza Filho) e Millôr Fernandes para fundar o periódico O Pasquim.
Com humor, linguagem solta e provocativa nos anos do regime, a publicação ditou tendências no jornalismo e tornou-se fenômeno de vendas, que resultou na prisão de quase toda a equipe do tabloide, incluindo Ziraldo.
Em 1960, recebeu o “Nobel” Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da América Latina.
Em 1980, nascia o seu maior sucesso: “O Menino Maluquinho”. A obra também foi adaptada para a televisão e para o cinema. O menino maluco de Ziraldo concorreu e ganhou o prêmio Jabuti de Literatura em 1980.
Em Salvador, seu trabalho também ficou na história, com sua versão infantil do mascote “Tricolor de Aço”, do Bahia, feita em 1979. Depois, voltou a publicar o “super-homem menino” em 1987, junto a mascotes dos outros 15 clubes da Copa União.
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