É A BAHIA
Ídolos da MPB, Bethânia e Caetano se emocionam em homenagem da Globo
Baianos protagonizaram edição especial do “Caldeirão com Mion” neste sábado, 6
Por Lula Bonfim
Os irmãos Caetano Veloso, 81 anos, e Maria Bethânia, 77, foram homenageados na edição deste sábado, 6, do programa “Caldeirão com Mion”, da TV Globo. Nascidos no município Santo Amaro, os baianos cantaram nove músicas que marcaram suas carreiras e ouviram relatos da importância de suas carreiras na vida de outras pessoas.
Durante a homenagem — gravada no último dia 19 de março e conduzida pelo apresentador Marcos Mion e pelo ator Lúcio Mauro Filho —, Bethânia e Caetano se emocionaram diversas vezes nos estúdios da TV Globo, no Rio de Janeiro.
A emoção da dupla chegou ao seu ápice após o programa apresentar um vídeo de Nicinha Veloso, irmã dos artistas, entoando a música “Alguém Cantando”, composta por Caetano. Os cantores não lembravam das imagens e acabaram chorando ao ver a familiar, falecida em 2011.
Eles ainda se emocionaram ao assistir um outro vídeo, de Moreno Veloso, Zeca Veloso e Tom Veloso, filhos de Caetano, cantaram a música "Eu e Água", composta pelo pai para a tia, Bethânia.
Quem também se emocionou no programa foi a atriz Regina Casé, amiga de Caetano e Bethânia, que falou da importância que os dois possuem em sua vida pessoal, profissional e espiritual.
"Não sei como vai ser para mim esse show. Para mim, Caetano sozinho já é uma barra. Bethânia sozinha, já é uma barra. Porque eles são meus faróis. Desde menina, eu os sigo", declarou Regina.
"Eles são meus guias artísticos, ideológicos, espirituais. Mesmo que Caetano não queira, ele é meu guia espiritual. Bethânia, a gente faz tudo junto. Reza, bate cabeça, tudo junto", complementou a atriz.
O humorista Paulo Vieira também falou sobre a importância que a dupla possui para a sua vida. De acordo com ele, as partes ideológica, política e artística de sua formação possuem grande influência de Caetano e Bethânia.
"Caetano e Bethânia são meus pais. Sou de uma família humilde, mas meus pais me deram tudo que podiam. Mas parte daquilo que meus pais não puderam me dar, foi dado por esses dois", disse o humorista.
"O artista que eu sou, eu devo a vocês. Vocês são o Brasil que eu acredito: o Brasil da cultura. Acho lindo que vocês estejam voltando com essa grandiosidade, a grandiosidade da cultura brasileira, e lotando estádios", afirmou Paulo Vieira.
Um colega de profissão também apareceu, através de mensagem de vídeo, para participar da homenagem aos cantores. O alagoano Djavan, que também já foi homenageado pelo Caldeirão, comentou a força que recebeu dos amigos no início de sua carreira.
"Desejo aos dois um sucesso absoluto. Os dois fazem parte da minha vida desde sempre. Caetano foi o primeiro que eu conheci, dos grandes astros. E Bethânia veio depois, com a fravação de Álibi, uma gravação que me colocou na história da MPB. A partir daí, meu nome passou a ser veiculado e eu devo isso a Bethânia", agradeceu Djavan.
Os irmãos chegaram ao programa cantando “O Quereres” (Caetano Veloso) e depois emendaram oito outras músicas, a pedido de Lúcio Mauro Filho: “Milagres do Povo” (Caetano Veloso), “Purificar o Subaé” (Caetano Veloso), “Olhos nos Olhos” (Chico Buarque), “Fera Ferida” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), “Sozinho” (Peninha), “O Leãozinho” (Caetano Veloso) e “Um Índio” (Caetano Veloso), antes de encerrar com a icônica “Reconvexo” (Caetano Veloso), fazendo o auditório acompanhar com palmas sincopadas, como no mais tradicional samba de roda de Santo Amaro.
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