CULTURA
Intérpretes de Libras garantem acesso da comunidade surda à FLICA
Mesas e palestras da Festa Literária de Cachoeira contam com tradução para a Língua brasileira de sinais
Os intérpretes de Libras (Língua brasileira de sinais) são os guias que traduzem o mundo da literatura e da cultura para uma linguagem que a comunidade surda possa entender. E, durante as mesas e palestras da Festa Literária Internacional de Cachoeira, são eles que abrem as portas antes trancadas para parte da população.
A inclusão de intérpretes de Libras não apenas quebra barreiras de comunicação, mas também quebra estigmas e promove a conscientização sobre a riqueza da diversidade linguística e cultural.
A turma do 'Pense Em Libras', que garante a tradução do que é falado à quem não consegue ouvir, conversou com o Portal A TARDE e relatou quão representativo e significativo é poder garantir o acesso da comunidade surda ao evento cultural.
"Eu me sinto muito agradecida por essa oportunidade de estarmos acessibilizando para a pessoa surda. É garantindo o direito que lhes assiste. É muito gratificante", celebra a intérprete Priscila Maximiano.
Já Sheila Carvalho celebra a presença dos intérpretes no espaço. "A partir do intérprete de libras na FLICA é que o surdo vai ter acesso a essa historicidade, a essa cultura, aos conhecimentos literários que o evento proporciona. Então é muito importante".
Uerbson Coutinho, que completa o trio de intérpretes, revela o desejo de que o espaço seja, em breve, ocupado também por autores surdos.
"A gente sonha que um dia na FLICA a gente possa ter futuramente atores surdos também apresentando seus livros, trazendo esse debate também da comunidade surda para que a comunidade ouvinte possa conhecer os autores surdos que temos em nosso país, inclusive na Bahia".
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