CULTURA E FÉ
Lavagem do Bonfim é marcada por calor, tradição e chuva
Festa aconteceu nesta quinta-feira, 11, e atraiu milhares de soteropolitanos e turistas
Por Daniel Genonadio, Thaís Seixas, Brenda Ferreira e Edvaldo Sales
Com a expectativa de até 30ºC e uma sensação térmica ainda maior, milhares de pessoas caminharam rumo à Colina Sagrada para a tradicional Lavagem do Bonfim, uma das festas mais aguardadas do calendário baiano que aconteceu nesta quinta-feira, 11.
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A comemoração, que possui mais de 200 anos e todo ano atrai milhares de soteropolitanos e turistas, apresentou novidades neste ano. Seja a programação com 11 dias de celebração marcados pelo aniversário de 270 anos da Igreja do Bonfim, ou as medidas preventivas tomadas pela Prefeitura de Salvador para garantir a segurança e bem-estar da população durante o festejo.
Foram montadas estratégias para mitigar o efeito do calor, mas São Pedro também resolveu ajudar as pessoas que acompanham o cortejo.
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Neste ano, ao longo do percurso foram distribuídos cinco carros-pipa e foram entregues gratuitamente mais de 30 mil sachês de protetor solar. Climatização e umidificadores de ar também foram colocados ao longo do trajeto, assim como um módulo de saúde ao lado da Basílica do Senhor do Bonfim para atender emergências.
O fiel Leo parou para “tomar um ventinho” disponibilizado pela prefeitura. “Com certeza, isso é maravilhoso, aliviar esse calor retado. Até São Pedro está ajudando na Lavagem do Bonfim”, brincou.
O início do festejo foi com o calor que o soteropolitano vem enfrentando nas últimas semanas, mas, por volta de 8h30, o céu ficou nublado, amenizando o clima. Em seguida, já por volta das 9h, até mesmo uma chuva fraca caiu.
E por falar em tradição, o casal Genoveva e Albiraci frequenta o cortejo da Lavagem do Bonfim há 30 anos. “São 8 km de caminhada, a gente sai do cortejo e vai caminhando até a Colina Sagrada, agradecendo a Deus pelo ano que passou e pelo novo ano que está começando”, contou o homem.
Tem também aqueles que vão ao evento para tentar fazer uma renda extra. É o caso de Idalice Santos de Oliveira, 41 anos, que foi vender fitinhas do Senhor do Bonfim ao lado do filho pela primeira vez. Em outras festas eles trabalham cantando latinhas.
“Mas esse ano a gente resolveu vender fita. Uma é trinta centavos, duas é cinquenta. Já vendemos algumas e a expectativa é que a gente venda tudo”. Segundo ela, na Lavagem do Bonfim é mais vantajoso vender as fitas.
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