CULTURA
Ministra Margareth: “Sem meio ambiente, não há cultura”
Encerramento da 5ª CNMA aconteceu em Brasília
Por Redação

Nesta sexta-feira, 9, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do encerramento da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em Brasília (DF), após 11 anos sem o evento. A conferência teve como tema “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”, e foi promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Cultura e meio ambiente caminham juntos
Durante sua fala, Margareth ressaltou a importância de compreender a cultura como uma manifestação que nasce dos territórios e das comunidades, e que, por isso, depende diretamente da preservação do meio ambiente. “Sem meio ambiente, não há cultura. A cultura emana das comunidades e territórios que habitamos; ela é a expressão viva do nosso povo e, portanto, deve ser protegida e valorizada”, afirmou.
A ministra também reforçou a atuação do Governo Federal na articulação entre políticas culturais e ambientais. Ela citou como exemplo o Seminário Internacional Cultura e Mudança Climática, realizado no âmbito do G20, e a parceria com o Ministério da Cultura dos Emirados Árabes Unidos no Grupo de Amigos da Ação Climática Baseada em Cultura, lançado durante a COP28.
Compromisso com o futuro e os saberes ancestrais
Ainda em seu discurso, Margareth pontuou que cultura e meio ambiente são ativos inseparáveis na luta por justiça social, destacando a necessidade de aprender com os povos indígenas e comunidades tradicionais que vivem práticas sustentáveis há séculos. “Estamos aqui não apenas para celebrar conquistas, mas para reafirmar um compromisso econômico, social e emocional com o nosso Brasil e, acima de tudo, com o nosso futuro".

A ministra Marina Silva também discursou na conferência e defendeu a intersecção entre justiça social e preservação ambiental. Ela relembrou Chico Mendes e seu legado em defesa das reservas extrativistas e biomas como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica. “Quando lutamos contra o racismo, o machismo e o preconceito, estamos fazendo o bem para toda a sociedade”, destacou.
Sobre a 5ª CNMA
Iniciada em 2024, a primeira etapa da 5ª CNMA envolveu a realização de atividades autogestionadas e conferências livres, municipais e intermunicipais. Foram realizadas mais de 900 conferências nesse período, mobilizando diretamente 2.570 municípios contra a emergência climática.
Em seguida, as Conferências Estaduais e Distrital do Meio Ambiente analisaram as sugestões apresentadas na primeira fase e priorizaram 539 propostas consideradas mais importantes (até 20 por unidade da federação - UF). Foi também o momento de eleger os delegados e delegadas para participar da etapa nacional.
Em sua fase final, 1.501 delegadas e delegados, representando todo o país, vieram a Brasília (DF), para selecionar as 100 melhores proposições indicadas pelas conferências estaduais e conferências livres.
Iniciada no dia 6 de maio no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF), a etapa nacional da 5ª CNMA se encerrou nesta sexta-feira (9), com o anúncio das 10 propostas prioritárias eleitas pelos participantes da Conferência.
A etapa nacional da 5ª CNMA é promovida pelo MMA com correalização da Flacso Brasil e da Universidade de Brasília (UnB).
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