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O Olodum nasceu daqui: mostra revive a história de Neguinho do Samba

Visuais Exposição ‘70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado’ celebra o criador do samba-reggae na Casa do Benin

Chico Castro Jr.

Por Chico Castro Jr.

10/06/2025 - 11:00 h
Neguinho foi responsável por transformar a música em um poderoso instrumento de resistência
Neguinho foi responsável por transformar a música em um poderoso instrumento de resistência -

Morto precocemente aos 54 anos, em 31 de outubro de 2009, Antônio Luís Alves de Souza, o Mestre Neguinho do Samba, foi um dos principais arquitetos do som e da batida do samba-reggae, projetando a moderna Bahia afro-centrada para o Brasil e o mundo. No próximo dia 21, ele completaria 70 anos. Para marcar a data, o museu Casa do Benin, no Pelourinho, inaugurou nesse sábado, 7, a exposição 70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado.

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O espaço Tatassomba da Casa – projetado por Lina Bo Bardi com inspiração na arquitetura do Benin – será o cenário dessa celebração. Com uma programação especial em homenagem à memória do mestre dos tambores, a cerimônia de abertura contará com performance e apresentação musical de seus filhos: a Iyálorixá, cantora, atriz e arte-educadora Nitorê Akadã, e o percussionista Anderson do Samba, idealizador e curador da mostra. A abertura terá ainda a participação especial de Mônica Millet junto ao grupo solista Qué Base.

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Filho do mestre, Anderson do Samba selecionou um conjunto de registros fotográficos sensíveis e históricos, que vão desde momentos emblemáticos, históricos, até as cenas do cotidiano, revelando a profundidade e a extensão da influência de Neguinho do Samba.

Entre os fotógrafos que registraram Neguinho em vida e estão na exposição, destacam-se Januário Garcia, Lázaro Roberto, Lúcia Correia Lima, Mara Mércia, Margarida Neide e Waky Hannah.

“Em saudação aos 70 anos do meu pai Neguinho do Samba, esta exposição fotográfica é um tributo à memória e à identidade de Antônio Luiz Álvares de Souza, o mestre criador do samba reggae, que fez ecoar essa batida direto dos becos e ladeiras do Maciel do Pelourinho para o mundo, a batida inconfundível desta expressão rítmica musical tão singular, patrimônio vivo da cultura brasileira”, afirma Anderson.

“Convidamos a todos para o evento de abertura desse momento tão especial. A abertura será marcada pela apresentação de minha irmã Nitorêa Cadã, que vai fazer um show lindo”, chama o curador.

Contra o esquecimento

Criador do samba reggae, ritmo que ressignificou o território do Centro Histórico e ecoou pelo mundo, Neguinho foi responsável por transformar a música em um poderoso instrumento de afirmação cultural e resistência.

Para Renata Campos, produtora executiva da exposição, para além de toda a contribuição musical / artística que Neguinho trouxe, vale lembrar de sua intensa atuação social contra a segregação e o racismo.

“Neguinho do Samba foi sem dúvida um dos maiores nomes da música baiana. Ainda hoje, ele é reverenciado mundialmente pela importância do ritmo que ele criou, que é o samba reggae, ritmo que se tornou um dos símbolos do Olodum. E o Olodum, por sua vez, é sem dúvida um dos grupos musicais mais conhecidos fora do Brasil”, observa.

“Mas além dessa importância musical e cultural para o Brasil, o trabalho de Neguinho do Samba, desde sua criação, desde todo o trabalho que ele desenvolveu na sua vida, ele vem como uma importante ferramenta social contra a segregação, contra o racismo, então isso coloca ele num lugar de importância ainda maior”, afirma Renata.

Ela destaca que é a partir de ações como a exposição que abre hoje na Casa do Benin, que se mantém viva a memória daqueles que são realmente importantes para a cultura e a cidadania, seja na Bahia ou no Brasil.

“Eu acho que ações como essas, como essa exposição, como essas homenagens, elas são muito necessárias e muito importantes, porque são pessoas como Neguinho do Samba que construíram a identidade brasileira”, acredita.

“E aí, se a gente não retoma isso, se a gente não faz essas homenagens, se a gente não coloca isso em pauta, né, de tempos em tempos, essas pessoas correm o risco de cair no esquecimento e no anonimato. Então, eu acho que essa exposição colabora para que a história cultural brasileira e baiana seja perpetuada e seja preservada através das gerações”, conclui Renata.

Serviços

Exposição “70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado”

Onde: Casa do Benin – Espaço Tatassomba (Pelourinho, Salvador)

Visitação até 05 de julho, de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, sábados, das 9h às 16h

Entrada gratuita

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Cultura Mestre Neguinho do Samba

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