EM QUEDA
Batata cara, tomate barato: cesta básica em Salvador cai em maio
Salvador foi um dos municípios que registraram os menores valores médios
Por Redação

A Cesta Básica de Salvador, composta pelos principais e essenciais alimentos que formam a mesa do baiano, caiu para R$ 628,97 no mês de maio, de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Salvador foi um dos municípios que registraram os menores valores médios. Além da capital baiana, 14 das 17 capitais também tiveram quedas no custo da cesta básica.
Batata, café e carne mais cara
A batata-inglesa, a carne bovina, o café em pó e o pão francês puxaram o aumento na cesta básica da maioria das capitais brasileiras. O preço da batata aumentou nas 10 cidades do Centro-Sul, onde o produto é pesquisado, entre abril e maio de 2025. As elevações ficaram entre 4,90% (em Belo Horizonte) e 22,35% (em Florianópolis).
No acumulado de 12 meses, o preço do tubérculo diminuiu em todas essas 10 cidades. As quedas variaram entre -43,57% (em Campo Grande) e -26,38% (em São Paulo). A menor oferta, devido ao fim da safas das águas no Sul do país, explica a alta de preços no varejo.
Entre abril e maio de 2025, o preço da carne bovina de primeira aumentou em 14 das 17 cidades pesquisadas, com destaque para Curitiba (3,91%) e Florianópolis (2,68%). Houve redução de preço em três cidades: São Paulo (-0,82%), Fortaleza (-0,65%) e Porto Alegre (-0,04%). No acumulado de 12 meses, o preço da carne subiu em todas as 17 capitais. A demanda extern
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O preço do quilo do café em pó aumentou em 16 cidades, entre abril e maio de 2025, com destaque para as variações de Aracaju (10,70%), São Paulo (8,49%) e João Pessoa (7,98%). Houve redução de valor apenas em Goiânia (-1,71%). No acumulado de 12 meses, o preço do café apresentou alta em todas as 17 cidades. As elevações ficaram entre 75,50% (em São Paulo) e 127,89% (em Vitória). A expectativa dos resultados da colheita e a menor oferta mundial elevaram os preços no varejo.
O preço do quilo do pão francês aumentou em 11 cidades, com destaque para Campo Grande (2,65%), e diminuiu em outras seis capitais, entre as quais se sobressai Brasília, onde a queda foi de -1,45%. No acumulado de 12 meses, apenas Aracaju (-3,26%) apresentou taxa negativa. Nas demais capitais, houve aumento do valor médio, com destaque para Belém (8,84%), Florianópolis (8,38%) e Belo Horizonte (8,06%). A alta do pão esteve atrelada ao período de entres as safras do trigo, ainda em abril
Queda no arroz, tomate e óleo
O preço do arroz agulhinha caiu em todas as capitais, entre abril e maio de 2025. As quedas variaram entre -12,91%, em Vitória, e -1,80%, em Belo Horizonte. No acumulado de 12 meses, houve diminuição do preço médio em todas as cidades pesquisadas, com variações entre -29,17%, em Vitória, e -3,57%, em São Paulo. A maior oferta do grão e a demanda menor levaram à redução do preço no varejo.
Em maio, o preço do tomate ficou menor em todas as 17 capitais. As quedas variaram entre -20,85%, em Belo Horizonte, e -1,64%, em Aracaju. No acumulado de 12 meses, apenas Vitória (11,41%) apresentou taxa positiva. Nas demais capitais, o valor médio caiu, com destaque para João Pessoa (-32,22%), Natal (-27,87%) e Recife (-25,33%). A maior oferta, devido à safra de inverno, reduziu o preço no varejo.
O preço médio do óleo de soja teve queda em 13 das 17 cidades pesquisadas, entre abril e maio de 2025, com as reduções mais expressivas em Belém (-7,80%) e Goiânia (-4,87%). Houve aumento de preço em três cidades: Belo Horizonte (1,11%), Recife (0,53%) e Rio de Janeiro (0,13%). Em Campo Grande, o preço não variou. Entre maio de 2024 e maio de 2025, o preço do óleo aumentou em todas as 17 cidades, com percentuais entre 21,72%, em Brasília, e 34,92%, em Florianópolis. A maior oferta de soja, mesmo com a demanda intensa pelo óleo bruto, reduziu o preço no varejo.
Salário não acompanha gastos
Em maio de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o salário mínimo reajustado em R$ 1.518,00.
Em abril, o valor necessário era de R$ 7.638,62 e correspondeu a 5,03 vezes o piso mínimo. Em maio de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00
O valor reajustado refere-se ao suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência
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