ECONOMIA
Bolsa de NY fecha em queda após Fed sinalizar não ter pressa para cortar juros
Wall Street fecha em baixa após corte nos juros pelo Fed
Por AFP
A bolsa de Nova York fechou em baixa nesta quarta-feira (18), apesar de um forte corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
O índice industrial Dow Jones cedeu 0,25%, o tecnológico Nasdaq caiu 0,31% e o ampliado S&P 500 recuou 0,29%.
O Fed cortou nesta quarta-feira suas taxas de juros de referência pela primeira vez desde 2020, para 4,75-5,00%.
Leia também:
>>>Copom aumenta Selic pela primeira vez no governo Lula
>>>Bandeira tarifária deve seguir amarela ou vermelha até o fim do ano
>>>Petrobras atinge marca de 1 milhão de acionistas individuais na bolsa
Após esse anúncio, a sessão se tornou bastante volátil, com os índices oscilando entre território positivo e negativo, mas terminando no vermelho.
O corte nas taxas geralmente é positivo para a bolsa.
"Mas os investidores são como crianças com sorvete: sempre querem mais", resumiu Steve Sosnick, da Interactive Brokers.
Durante a coletiva de imprensa que se seguiu ao comunicado do Comitê Monetário do Fed, Jerome Powell, o presidente do banco central americano, "disse a eles que [o corte nas taxas] não se tornará um hábito", acrescentou o analista.
Powell adotou um discurso muito cauteloso, insistindo que o Fed agirá "com prudência" e não hesitará em pausar seu ciclo de flexibilização das taxas, se as condições assim exigirem.
"Tudo dependerá de como a economia evoluirá", afirmou Powell.
Os operadores agora esperam um corte adicional de meio ponto percentual neste ano, como anunciado pelo Fed.
A decisão levou a algumas realizações de lucro, e as ações caíram.
Alguns grandes nomes do setor de semicondutores foram particularmente afetados, como Nvidia (-1,92%), AMD (-1,68%) e Intel (-3,26%).
Por outro lado, a Apple, que vinha enfrentando dificuldades durante a semana, conseguiu se recuperar (+1,80%).
Entre os destaques do dia, o grupo aeroespacial Intuitive Machines subiu 38,33% após o anúncio de um contrato de cinco anos e 4,8 bilhões de dólares com a Nasa para construir infraestrutura para viagens frequentes à Lua.
No início do ano, a empresa conseguiu levar seu módulo Odysseus ao satélite terrestre, sendo o primeiro veículo privado a alunissar.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes