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Bônus do Brasil têm giro de US$ 3 bi ao dia no exterior

Publicado quinta-feira, 26 de abril de 2012 às 17:36 h | Autor: Agência Estado

O giro diário dos bônus externos corporativos e soberanos brasileiros no mercado secundário internacional está em torno de US$ 3 bilhões, o que é um forte atrativo para a negociação desses papéis no exterior, especialmente os emitidos por empresas, já que localmente o mercado secundário tem liquidez bastante reduzida, disse o administrador de carteira do Bradesco Asset Management, Clayton Rodrigues. O estoque total de bônus brasileiros no exterior supera US$ 100 bilhões. Só para comparação, o volume de negócios com debêntures em todo o mês de março foi de R$ 4,1 bilhões, equivalente a US$ 2 bilhões, de acordo com o boletim da Anbima.

No terceiro dia do Brasil Investment Summit, que acontece esta semana em São Paulo, Rodrigues afirmou que a diversidade de vencimentos e nomes entre os bônus corporativos brasileiros favorece a liquidez desses papéis no exterior. Ele observou ainda que os papéis de 10 anos de empresas com classificação de risco BBB oferecem um retorno ao investidor em torno de 5,5%, enquanto os bônus com rating BB têm retorno de 8% e os bônus com rating inferior a BB, de 10% a 14%.

Clayton observou que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os investimentos de estrangeiros no Brasil diminuiu a vantagem de negociação desses títulos localmente, em termos de retorno. Os bônus soberanos em reais de 10 anos, por exemplo, normalmente têm uma remuneração de cerca de 200 pontos-base inferior à remuneração do título do Tesouro negociado localmente. Segundo ele, essa diferença equivale ao custo de operar localmente, em grande parte formado pelo imposto.

O Bradesco Asset Management tem dois fundos para estrangeiros com bônus em reais e em dólares, com patrimônio de US$ 40 milhões e US$ 70 milhões, respectivamente. A asset está também preparando um fundo para investimento em debêntures e recebíveis de infraestrutura, aproveitando o incentivo criado no ano passado para investimento estrangeiro.

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