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CONCURSO

CNU: ministério admite que instrução no cartão-resposta deixou dúvidas

A falta de marcação pelo candidato foi objeto de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF)

Por Agência Brasil

22/11/2024 - 9:46 h
A falta de marcação pelo candidato foi objeto de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF)
A falta de marcação pelo candidato foi objeto de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) -

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) admitiu, nesta quinta-feira, 21, que a instrução na folha de rosto do cartão-resposta das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) pode ter gerado dúvidas e induzido vários candidatos a não marcar o tipo de gabarito da prova e/ou não transcrever a frase de identificação em 18 de agosto, data de aplicação do certame.

A declaração foi dada pela consultora jurídica do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) Karoline Busatto. Para ela, apesar dos oito editais originais do concurso citarem a necessidade da dupla identificação dos participantes no caderno-resposta, houve problemas na escrita da folha de rosto do caderno de prova.

Leia mais

>> Justiça manda anular eliminação de quem não pintou 'bolinha' em cartão de resposta
>> Resultado final do CNU já tem data para ser divulgado; veja

A falta de marcação pelo candidato no cartão-resposta, da chamada “bolinha”, que indica ao leitor digital do sistema de correção qual o tipo de gabarito, foi objeto de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). No julgamento da ação, a Justiça Federal do Tocantins determinou, no início de novembro, o cancelamento da eliminação dos candidatos do processo seletivo que não fizeram a marcação do tipo de prova.

Sem identificação

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos adiantou que não será possível identificar o participante que não marcou o tipo de gabarito da prova e nem reproduziu a frase de identificação na folha de rosto - que funciona como exame grafológico de todos aprovados no certame que forem convocados para assumir o cargo no governo federal -, nas provas em que há múltiplos gabaritos.

Nos casos em que o candidato fez pelo menos uma das identificações, o MGI firmou o compromisso com a Polícia Federal para identificar o candidato pela prova escrita (dissertativa ou redação).

O coordenador de Logística do CNU, Alexandre Retamal, explicou como será garantida a segurança do concurso: “vamos fazer o exame grafológico de todas as pessoas que forem aprovadas da mesma forma que a gente vai conferir a digital. Então, os dois itens são importantes para a segurança [do certame]. A Polícia Federal se comprometeu conosco que quem não preencheu a frase vai ser identificado pela redação.”

Novo cronograma

A falta de identificação do candidato no cartão-resposta foi um dos motivos para o adiamento da divulgação dos resultados finais do concurso unificado, prevista para esta quinta-feira.

No acordo judicial assinado pela União com MPF e Fundação Cesgranrio, banca examinadora do certame, o ministério também anunciou o aumento do número de provas discursivas corrigidas de candidatos negros que alcançaram a nota de corte. Além da inclusão da prova de títulos como etapa classificatória para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais dos blocos temáticos 4 e 5.

O acordo, motivado pelas três condições, possibilitou que 32.260 candidatos do CPNU, fossem novamente habilitados à correção da prova discursiva/redação e participação na prova de títulos e resultou em novo cronograma das próximas fases do concurso.

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Tags:

Cartão-resposta CNU concurso CPNU MGI

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