FINANCIAMENTO
Correios ganha aporte bilionário e futuro da estatal pode mudar
O crédito de R$ 12 bilhões foi aprovado para a reestruturação da estatal

Por Carla Melo

O Correios vai receber um crédito de R$ 12 bilhões de cinco bancos após o Tesouro Nacional aprovar nesta quinta-feira, 18, o pedido de empréstimo da estatal, que passa por uma forte dificuldade financeira.
O aporte financeiro contará com um limite do teto de juros da União, trazendo uma economia estimada de quase R$ 5 bilhões em encargos.
A garantia do empréstimo permite que caso a estatal não consiga pagar as parcelas, o Tesouro entrará como fiador da dívida. A análise concluiu que a operação atende às regras de pagamento exigidas para estatais com plano de reequilíbrio aprovado.
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Na prática, a taxa de juros ficou em 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) – abaixo do teto de 120% do CDI, estabelecido pelo Tesouro. Esse valor máximo foi o motivo da rejeição da primeira tentativa de empréstimo há algumas semanas, após a estatal solicitar um empréstimo de R$ 20 bilhões.
O CDI é uma taxa de juros de empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos. O valor é usado para regular o caixa e que serve como principal indexador para a maioria dos investimentos de renda fixa no Brasil.
Com isso, os contratos entram agora na fase de negociação, acompanhada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e pelo Tesouro Nacional. Segundo o governo, a nova proposta reduz de forma significativa os encargos e o custo financeiro total dos Correios.
Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que qualquer forma de apoio financeiro aos Correios, seja empréstimo, aporte direto do Tesouro ou garantia em operações de crédito, só ocorreria após a aprovação de um plano de reestruturação da empresa.
Segundo o Ministério da Fazenda, qualquer apoio financeiro permanece condicionado à execução do plano de reestruturação. A pasta informou ainda que os recursos eventualmente disponibilizados pelo Tesouro devem ficar abaixo dos R$ 6 bilhões inicialmente cogitados pela empresa, segundo a Agência Brasil.
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