ECONOMIA
Dono do Banco Master é preso pela Polícia Federal
Empresário Daniel Vorcaro foi detido durante operação deflagrada na manhã desta terça-feira, 18

Por Yuri Abreu

O empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi preso em São Paulo, pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 18, durante a Operação Compliance Zero. A ação mira um esquema de emissão de títulos de crédito falsos por instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional.
A prisão ocorre poucas horas após o Banco Central determinar a liquidação extrajudicial do Banco Master, decisão que encerra imediatamente todas as operações da instituição e suspende negociações em curso.
Além de Vorcaro, o banqueiro Augusto Lima, ex-sócio do Banco Master, e o tesoureiro da instituição financeira, Alberto Félix, também foram presos na operação.
Leia Também:
A PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal (MPF), para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.
Prisões e liquidação no mesmo dia
A medida do BC interrompeu a negociação anunciada na noite de segunda-feira, 17, entre o Master e o Grupo Fictor. A holding havia divulgado a compra do banco, com promessa de aporte imediato de R$ 3 bilhões, mas o negócio ainda dependia de aprovação do Banco Central e do Cade.
Com a liquidação, toda a operação é automaticamente cancelada.
O Banco Master voltou ao radar do mercado em setembro, quando o BC negou a autorização para o banco de Brasília adquirir a companhia. Especialistas consideravam o modelo de negócios do master problemático, já que o banco emitia papéis garantidos pelo FGC e pagava taxas muito acima do mercado.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



