ECONOMIA
Exportações baianas têm crescimento de 40,9% no 1° trimestre
Em entrevista ao Isso é Bahia, especialista da FIEB comentou resultado
Por Daniel Brito
As exportações baianas registraram um crescimento de 40,9% entre os meses de janeiro e março deste ano. É o que aponta o Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (Raceb), produzido pela Gerência de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
O documento também mostra que a indústria de transformação foi responsável por 70% das vendas do estado para o mercado internacional no mesmo período. Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9) na manhã desta segunda-feira, 25, o economista e especialista de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Danilo Peres, falou sobre o assunto.
De acordo com o representante da entidade, o resultado é explicado pelas características das novas exportações. "São exportações de grandes empresas, que vendem produtos, commodities do mercado internacional, e elas tiveram desde o final do ano passado e do início desse ano, uma evolução muito positiva de preço. Mas houve também um grande crescimento da quantidade exportada", disse.
Segundo Peres, a melhora nos indicadores da Covid-19 a nível mundial por causa da vacinação já aventava essa possibilidade de crescimento. "O cenário é bastante favorável desde o ano passado porque houve uma retração por causa da pandemia, mas assim que ela foi sendo controlada, o mundo começou a voltar à normalidade, e de forma frenética. Viveu e ainda continua vivendo um boom muito grande no crescimento de todas as demandas, como no comércio exterior", acrescentou.
O especialista ainda comentou sofre os efeitos da guerra na Ucrânia. "Não teve um efeito positivo, até porque não sabemos as consequências que isso pode causar lá na frente. A curto prazo, a consequência maior foi o aumento dos preços, como o petróleo. Carrega também todas as outras commodities, como a soja, trigo e outros produtos da petroquímica. Em um curto prazo, os preços estão mais altos", ressaltou.
No caso das importações, houve um crescimento de 66,4% no primeiro trimestre deste ano, com destaque para compra de produtos como GNL, nafta petroquímica, óleos brutos de petróleo, cloretos de potássio, células solares em módulos ou painéis. A corrente de comércio da Bahia, soma das exportações e importações, registrou um incremento de 53,3% no primeiro trimestre de 2022, ficando acima do nacional, que registrou um índice de 28,6% no mesmo indicador.
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