PREÇOS DE CONSUMO
Inflação nos EUA segue moderada em 3% (IPC)
Segundo dados do Departamento de Trabalho, os preços caíram 0,1% em um mês
Por AFP
A inflação nos Estados Unidos continuou moderada em junho em 3% em termos anuais, frente aos 3,3% do mês anterior, segundo o índice de preços ao consumo (IPC) publicado nesta quinta-feira, 11, uma boa notícia para o presidente Joe Biden em sua campanha pela reeleição.
Segundo dados do Departamento de Trabalho, os preços caíram 0,1% em um mês, contrariando as previsões de analistas, que contavam com um ligeiro aumento de 0,1% no mesmo período e de 3,1% em um ano, de acordo com o consenso publicado pelo site MarketWatch.
Ao comentar a notícia, Biden comemorou "os avanços significativos" obtidos pelo país no aspecto que considera fundamental para as suas chances de derrotar o adversário republicano Donald Trump nas eleições de 5 de novembro.
"Os preços caíram no mês passado e a inflação subjacente é a mais baixa dos últimos três anos", observou, embora tenha estimado que "os preços ainda continuam muito elevados" em um cenário no qual "as grandes empresas registram lucros recordes".
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Excluindo os preços da energia e dos alimentos, comumente mais voláteis, a chamada inflação subjacente aumentou ligeiramente em um mês, em 0,1%, mas este é o menor índice desde agosto de 2021.
O resultado foi melhor que as expectativas do mercado, que apontavam para um aumento de 0,2%, segundo o MarketWatch.
A queda afetou principalmente os preços da energia, que caíram 2% em um mês. Neste setor, os preços da gasolina tiveram um declínio de 3,8%, após terem diminuído 3,6% em maio.
Em junho, a inflação registrou o seu segundo mês de queda, retomando o caminho rumo ao objetivo de 2% definido pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).
O IPC é importante para o poder de compra dos americanos visto que é com base nele que as aposentadorias são indexadas. Mas para conduzir sua política monetária, o Fed prefere outro índice, o PCE, que será publicado em 26 de julho.
"Estes dados aumentam a confiança de que a inflação está retornando a 2% de forma constante", escreveu em nota a economista-chefe do Fed, Rubeela Farooqi.
Até o momento, o banco central americano rejeitou baixar suas taxas de juros, ao carecer de dados suficientes que indicassem que a inflação estava em um bom caminho para um retorno sustentável aos 2%.
Desde 2022, quando atingiu o seu nível mais elevado após a crise da covid-19, com uma taxa anual em 9,5%, a inflação nos Estados Unidos registrou uma forte desaceleração.
Desde o início de 2024, tende a se estabilizar entre 2,5% e 3%.
A próxima reunião do Fed está marcada para 30 e 31 de julho, mas o primeiro corte nas taxas não deverá ocorrer antes de sua reunião em meados de setembro, a última antes das eleições presidenciais de novembro.
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