ECONOMIA
Justiça aceita recuperação judicial da Americanas
Companhia vai divulgar comunicado aos credores e ao mercado sobre plano de recuperação
Por Da Redação
O plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3), aprovado por assembleia dos credores em 19 de dezembro de 2023, foi aceito e homologado pela 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 26.
Em nota, a companhia afirmou que vai divulgar comunicado aos credores e ao mercado sobre os prazos a serem iniciados com a publicação da decisão judicial.
Ainda nesta segunda-feira, 26, a empresa divulgou os resultados para os primeiros nove meses de 2023, após uma série de atrasos. O ano, inclusive, foi considerado como “o mais desafiador” de sua história.
O plano de recuperação judicial já havia sido aprovado em 19 de dezembro de 2023 em Assembleia Geral de Credores. No início de 2023, a varejista pediu recuperação judicial após revelar um rombo contábil de R$ 20 bilhões, um dos maiores escândalos corporativos da história do país. A dívida da varejista a ser reestruturada é de R$ 50 bilhões.
Ano da quebradeira
Em 2023, outras empresas 'robustas' pediram socorro à Justiça. A Cervejaria Petrópolis e a varejista Amaro, com requisições de recuperação judicial e extrajudicial, respectivamente.
Entre janeiro e fevereiro do último ano, os pedidos de recuperação judicial subiram 59,8%, para 195, na comparação com o igual período de 2022, segundo os dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. O resultado é o maior dos últimos quatro anos e iguala ao registrado em 2018, com base na série histórica do levantamento.
O Grupo Petrópolis, dono da Itaipava, apresentou pedido de recuperação judicial com o objetivo de evitar o vencimento de uma dívida de R$ 105 milhões. A empresa afirma ter dívidas de R$ 2 bilhões com obrigações financeiras e de mercados de capitais. Somado ao montante, as dívidas com terceiros são de R$ 2,2 bilhões.
No caso da varejista Amaro, o pedido foi solicitado para a Justiça por causa de dívidas totalizadas em R$ 244,5 milhões, com R$ 151,8 milhões em dívidas bancárias e R$ 92,8 milhões com fornecedores.
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