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EDUCAÇÃO

Reitor da Ufba critica corte e garante funcionamento da instituição

Paulo Miguez declarou que o bloqueio "é mais um ataque' do governo federal às universidades

Daniel Genonadio

Por Daniel Genonadio

07/10/2022 - 9:33 h | Atualizada em 07/10/2022 - 11:24
O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Miguez
O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Miguez -

A comunidade da educação, com estudantes, professores e servidores, se posiciona de maneira contudente após um novo corte do governo Jair Bolsonaro, que na última sexta-feira, que elevaram os cortes de orçamento das universidades e colégios federais para a casa do R$ 1 bilhão.

O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Miguez, foi o entrevista do programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM, e fez duras críticas ao governo federal e a gestão da educação.

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"Mais um absurdo ataque contra as universidades públicas brasileiras, depois de já registrarmos um corte insuportável para o orçamento. Tivemos R$12,8 milhões cortados este ano, o que corresponde a dois meses e meio de funcionamento. Na última sexta-feira, fomos surpreendidos com um bloqueio na ordem de 5,8%. O que torna a situação trágica, já que são recursos indispensáveis para o dia a dia do trabalho. É algo absurdamente inexplicável, quando na imprensa tem saído diariamente a informação de que a situação econômica. São cortes se qualquer justificativa. É um absurdo", afirmou Miguez.

Com o recém-anunciado bloqueio, a UFBA disporá de 5,8% a menos em seu orçamento destinado ao custeio de despesas básicas, como água, energia elétrica, segurança, limpeza e manutenção, entre outros - montante que, somado aos R$ 12,8 milhões já cortados em junho, pode resultar em uma perda de cerca de 18% do total orçado para este ano. Ante a promessa de 'devolução', em dezembro, dos recursos agora contingenciados, resta manifestar desconfiança e justificado temor.

"Me parece que a questão central que transformar a questão da educação em moeda eleitoral é mais um absurdo. Me parece estranho, inadequado, qualquer tentativa de utilizar as políticas educacionais como qualquer tipo de moeda de troca ou pressão sobre as eleições. Insisto, é mais um ataque contra universidades públicas brasileiras", falou.

Miguez garantiu que a universidade manterá o seu funcionamento, mesmo com os esforços necessários, sacrificando as atividades de um total de 61 mil estudantes, técnicos, terceirizados e professores.

"A universidade não se dobrará a essas tentativas do seu sufocamento. Permanecerá viva e aberta, resistindo e avançando. Estamos tomando todas as medidas, certamente muitas atividades prejudicadas serão suspensas, mas faremos o impossível para garantir. A universidade não irá fechar as portas e continuará cumprindo a sua missão".

Veja a entrevista completa abaixo:

O corte

O governo federal bloqueou R$ 475 milhões do orçamento destinado às universidades e institutos federais para este ano. O corte foi denunciado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Na manhã de quinta-feira, 6, os etudantes se organizaram para realizar a manifestação no campus da instituição no Canela, em Salvador. Eles levaram faixas e cartazes com pedidos a favor da educação. O ato ocupou o salão nobre da Ufba. Os estudantes farão um novo protesto no dia 18 de outubro.

O ministro da Educação, Victor Godoy, afirmou após o congelamento de verbas, da ordem de mais de R$ 2 bilhões, das universidades e colégios federais, que não houve corte, e sim, um ajuste na liberação do dinheiro. O ministro também criticou um suposto uso político dos bloqueios pelos reitores das instituições de ensino e afirmou que o congelamento não vai comprometer as despesas básicas de nenhuma universidade.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) também negou que tenha acontecido um corte de verbas. Segundo o chefe do Executivo e candidato à reeleição, uma "pequena parcela" foi "adiada".

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