ELEIÇÕES
Aliança entre Bruno e PL avança e será fechada nas próximas semanas
Com a adesão, prefeito de Salvador terá 14 partidos na base para sua reeleição
Por Eduardo Dias e Fernando Valverde*
Como esperado, após a sinalização de apoio e de desistência da candidatura de João Roma do pleito soteropolitano, o PL deve mesmo marchar a favor da reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil).
A informação foi confirmada pelo próprio Bruno em conversa com a imprensa durante entrega da Unidade de Saúde da Família na Polêmica nesta segunda, 22.
"Estamos praticamente fechados. Ajustando os últimos detalhes para o anúncio e com versas bem avançadas. Com fé em Deus, iremos marchar juntos, caso eu decida ser candidato na próxima eleição", afirmou. Após bater o martelo em relação ao PL, Bruno já terá angariado 14 partidos na base de apoio à sua reeleição.
O vereador Kiki Bispo, líder do governo na Câmara de Salvador, celebrou a parceria, por "uma convergência ideológica natural" e enfatizou que a força do PL na Bahia será de grande ajuda para a reeleição de Bruno.
"O PL é um dos grandes partidos nacionais e que somaria com muita qualidade pelos membros que o compõem. A identidade do conteúdo programático do partido também foi essencial para essa aliança ocorrer, até por sabermos que o PL é totalmente antagônico às pautas de esquerda, então natualmente era uma convergência natural que o PL viesse apoiar a reeleição de Bruno. Vemos com muita alegria e esperamos que a gente possa dar seguimento a esse projeto que vem dando certo na cidade desde 2003", disse em conversa com o Portal A TARDE.
Com apenas dois vereadores na Câmara, Alexandre Aleluia e Isnard Araújo, o PL ganhou grande tração nas eleições de 2022, na esteira da votação expressiva do então presidente Jair Bolsonaro, ao eleger quatro deputados estaduais, Diego Castro, Leandro De Jesus, Raimundinho da JR e Vitor Azevedo, e três federais, Roberta Roma, Capitão Alden e João Carlos Bacelar.
Aliança
A associação com o partido, e possivelmente ao nome do próprio Bolsonaro enquanto Salvador mostrou-se um reduto petista na eleição presidencial da qual o presidente Lula saiu vitorioso, não preocupa Kiki. De acordo com ele, a municipalização do período eleitoral sempre teve características próprias na capital baiana e permite que forças de espectros opostos pontuem bem em um mesmo pleito.
"A eleição é extremamente municipalizada e o histórico de Salvador deixa isso claro. O PT nunca ganhou uma eleição na nossa cidade e não terá candidato esse ano, já que o candidato é do MDB. E mesmo com Lula com quase 70% dos votos em Salvador nas eleições presidenciais, tivemos nosso candidato, ainda que derrotado no estado, com uma margem de 65%. Isso deixa claro que o povo sabe separar uma coisa da outra e que a interferência no âmbito nacional irá beirar zero", pontuou.
O deputado Leandro De Jesus, um dos políticos mais ativos do partido na Bahia, também confirmou o avanço na aliança e que espera que as próximas reuniões, onde o partido apresentará pontos programáticos para a gestão, sirvam para fechar a questão.
"De fato esse apoio está bastante avançado. Os pontos que faltam não são questões de divergências, mas sim a apresentação dos pontos que defendemos para a próxima gestão. Pontos que dizem respeito à gestão em si e que são importantes para o PL", pontuou ao A TARDE.
"São apenas detalhes, que serão apresentados, para esse fechamento [da aliança], no sentido de consolidar e anunciar oficialmente o apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis".
*Com colaboração de Lula Bonfim
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