ELEIÇÕES
Geraldo Jr. não consegue atrair eleitor de Lula
Demora na escolha de nome da base do governador Jerônimo comprometeu construção de candidatura competiva
Por Alan Rodrigues
A demora na escolha de um nome que representasse o governo do estado comprometeu a construção de uma candidatura competitiva. E, quando finalmente o PT e o governador Jerônimo Rodrigues, decidiram por Geraldo Júnior (MDB), o caminho para a reeleição de Bruno Reis, que já estava bem pavimentado, se consolidou de vez.
Essa é a avaliação do analista de risco político da AtlasIntel, Yuri Sanches. Até março, ele recorda, quando havia indefinição do nome apoiado pelo governador, ainda havia espaço para uma candidatura de oposição crescer.
“Quando existe a escolha é uma figura que não gera ânimo na base petista”, diz Sanches. Para ele, o passado associado ao ex-deputado federal Geddel Vieira Lima é um obstáculo para a militância. “Não deveria ser surpresa para o PT. Já seria difícil bater de frente com o Bruno Reis, que é uma figura carismática. Seria muita ingenuidade achar que o Geraldo Júnior poderia competir com Bruno Reis”, acrescenta.
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Até por isso, Sanches avalia que esse pode ter sido um movimento calculado do PT, embora, na opinião dele, o cálculo possa ter sido mal feito. “Não sei até que ponto vale a pena para o PT não ter candidato para evitar uma derrota do partido nas urnas”, especula.
Anticarlismo
A prova que o eleitorado petista não assimilou a indicação de Geraldo Júnior é a dificuldade de transferência de votos para emedebista. Mesmo com o apoio do governador, dos líderes petistas e até do presidente Lula, a campanha de Geraldo não decolou.
“Tanto que Geraldo consegue 49,5% dos votos declarados em Jerônimo na última eleição, mas 23% vaza para o Kleber Rosa (PSOL)”, compara Sanches. O psolista também leva 14,6% do eleitorado do presidente Lula. “Faltou engajamento”, conclui.
Segundo o analista, a falta de um candidato que ‘brilhasse os olhos da militância’ se refletiu nas intenções de voto do Kleber Rosa. “É o eleitorado anticarlista, mas que não é majoritário nem suficiente para colocá-lo na disputa”.
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