Síndrome do Tarzan: entenda fenômeno tóxico que afeta casais

Muitos problemas e situações cercam os casais contemporâneos, e muitos dos casais envolvem casos de carência e necessidade de atenção. Entre eles está a Síndrome de Tarzan, que faz alusão ao personagem das animações da Disney.

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O menino selvagem que cresceu na selva e foi criado por macacos, tem a habilidade de se mover entre os cipós sem nunca soltar um antes de ter outro na mão. Assim como Tarzan, algumas pessoas tornam um hábito iniciar um novo relacionamento, sem ter se desvinculado sentimentalmente do ex-afeto.

Isso pode levar a diversos problemas como colocar uma pessoa na vida íntima, sem ter superado os sentimentos por outra pessoa, deixando uma cicatriz aberta, que algumas vezes, pode ferir a atual pessoa com quem está se relacionando. Isso pode acontecer através de comparações, ou até mesmo de descaso com o atual relacionamento.

Essa necessidade imediata de preencher o vazio emocional pode dificultar a construção de vínculos sólidos e duradouros. Um dos principais motivadores para a Síndrome de Tarzan é o medo da solidão.

Pessoas assim têm dificuldade de enfrentar a ausência de um parceiro e buscam constantemente novas conexões, mesmo que elas não sejam saudáveis ou significativas. Isso pode levar a amores líquidos, como dizia o filósofo Zygmunt Bauman (2003).

Quem pensa que isso pode ser refletido apenas em relacionamentos está enganado, a Síndrome de Tarzan também pode se manifestar no trabalho, por exemplo. Neste caso, algumas pessoas mudam de emprego frequentemente, em busca de novas oportunidades, mas não se aprofunda em nenhuma delas.

Essa instabilidade mostra a dificuldade em criar laços duradouros e lidar com a rotina. O mesmo se repete em amizades e até em hobbies, onde a pessoa não consegue se manter por muito tempo com os mesmos laços de amizades ou nos mesmos ambientes.