2 DE JULHO
Bahia e Vitória não querem fim de torcida única, diz Procurador Geral
Pedro Maia defende cumprimento da legislação, que garante 10% dos ingressos para a torcida visitante
Por Lula Bonfim e Alan Rodrigues
A volta da torcida mista nos Ba-Vis esbarra, entre outras coisas, na resistência dos dirigentes dos dois maiores clubes do estado. A afirmação é do Procurador Geral de Justiça do Ministério Público Estadual, Pedro Maia, que participa do cortejo em homenagem ao 2 de Julho,
Ele confirma diálogos e a intenção do governador Jerônimo Rodrigues para retomar a presença das torcidas de Bahia e Vitória nos clássicos, mas não crê que isso possa acontecer no curto prazo. "Imagino que esse ano haja dificuldade porque já houve BaVi no primeiro turno", disse o Procurador à reportagem de A TARDE, se referindo ao confronto do Campeonato Brasileiro.
Maia afirma que o MP é a favor da legislação que diz que a torcida visitante tem direito a 10% da capacidade do estádio. "O que o MP cobra é que isso ocorra com segurança para o torcedor. Há um procedimento na Procuradoria do Consumidor sobre o tema e a gente tem acompanhado esse diálogo com Governo do Estado, Prefeitura de Salvador, Federação Baiana e com os clubes", diz Pedro Maia.
A expectativa do Procurador é de superar a restrção que já dura 7 anos e "realizar o maior clássico do Norte/Nordeste como determina a legislação". Para isso, conta com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues.
"O governador encampou essa luta e tem demonstrado boa vontade no sentido de empeender esforços, principalmente junto à SSP para que tenha efetivo necessário para garantir a segurança dos torcedores desde a saída de sua casa até o estádio e o retorno em paz para sua casa".
Segundo o Procurador, são os clubes que não querem a volta da torcida mista, "por acreditar não ser possível que isso ocorra". Ainda assim, ele acredita que possa conseguir avanços a partir do próximo ano. "Acho que há tempo hábil para construir um caminho para que o torcedor baiano tenha acesso aos jogos dos seus clubes, principalmente o clássico".
Crime transnacional
Pedro Maia também falou sobre a atuação do Ministério Público no enfrentamento ao crime organizado, através dos seus grupos especializados, e destacou o investimento em ampliação e capacitação de promotores, servidores e tecnologia para enfrentar uma realidade que, segundo ele "não é baiana, é nacional"
"A Bahia acaba como porta de entrada do Nordeste, que tem sido alvo de uma disputa intensa das organizações criminosas nacionais e transnacionais", disse Maia que, no entanto, destacou a redução de mortes violentas nos últimos 2 meses.
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