CAMPEONATO BAIANO
Bahia e Vitória voltam a disputar clássico com dois clubes na Série A
Jogo deste domingo, 18, terá torcida única no Barradão
Por Léo Silva
Além da rivalidade, o confronto de hoje tem muita importância para o Vitória com relação à classificação do Baiano. Com 10 pontos, mesmo estando a apenas três do Bahia, pode ficar em situação complicada caso não vença, pois restarão apenas duas rodadas na primeira fase, após o jogo.
Com 100% de aproveitamento como mandante em três partidas em 2024, o Rubro-negro defende hoje uma invencibilidade maior, de 16 jogos no Barradão, com 13 vitórias e três empates. Desde a derrota de 11 de junho do ano passado, para o Criciúma, na Série B, o Leão não perdeu mais em casa.
A equipe titular chega no embalo do triunfo, por 3 a 1, contra o ABC de Natal, já que o time derrotado pela Juazeirense na quarta foi o reserva. O zagueiro Wagner Leonardo, um dos pilares do Leão, falou na sexta, em coletiva, sobre a possibilidade de focar nos contra-ataques, citados pelo treinador Rogério Ceni, como um ponto fraco do Bahia.
“Dentro de uma partida, é muito difícil seguir somente uma estratégia porque em 90 minutos podem acontecer diversas variações, então é uma estratégia que a gente pode utilizar dentre outras que a gente tem trabalhado durante a semana, para que a gente possa surpreender o adversário”, disse o camisa 4.
O beque também refutou qualquer tipo de favoritismo do adversário para o embate. “Não existe favoritismo. Clássico é clássico. Quem aproveitar as melhores chances vai sair com a vitória”, disse Wagner.
Mistério
O time deve seguir com algumas baixas por lesões para hoje: o goleiro Lucas Arcanjo, o lateral-esquerdo Patric Calmon, e os atacantes Everaldo e Léo Gamalho. Por outro lado, o volante Rodrigo Andrade pode ser novidade.
O setor defensivo é o menos propenso a dúvidas. No gol, Muriel deve seguir na vaga de Arcanjo, enquanto na linha defensiva, a lesão de Patric praticamente define Lucas Esteves ao lado de Zeca, Camutanga e Wagner Leonardo.
O mistério começa a partir da proteção à defesa. Normalmente, os volantes Dudu, William Oliveira e Caio Vinícius estariam disputando duas vagas, mas o técnico Léo Condé pode optar por reforçar o setor de marcação, escalando os três juntos. Nessa hipótese, sobraria para um dos quatro nomes ofensivos: o meia Matheusinho e os atacantes Osvaldo, Iury Castilho e Alerrandro. O provável, caso seja escalado o trio de volantes, é que o ponta Iury Castilho ou o centroavante Alerrandro disputem uma só vaga.
Bahia
O Bahia chega para o clássico de hoje mirando a liderança do Baiano, em que já conta com 13 pontos, e defendendo uma invencibilidade de quatro Ba-Vis. Nos últimos 19 clássicos, foram sete triunfos e apenas duas derrotas. Na temporada, a equipe principal venceu seis dos sete compromissos, com atuações empolgantes.
Na coletiva realizada após o triunfo por 3 a 0 contra o América, na quinta, Rogério Ceni fez questão de dizer que o Bahia tem hoje de 18 a 19 jogadores considerados titulares, graças ao revezamento.
O mais certo é que o meio-campo deve começar com o quarteto principal: as três primeiras chegadas do ano - Caio Alexandre, Jean Lucas e Éverton Ribeiro - e Cauly, remanescente cuja permanência foi tratada como reforço.
Dois outros nomes do meio de 2023 também podem começar. Provavelmente, entretanto, em outras funções. Thaciano, no ataque, enquanto Rezende, caso inicie, pode fazer a função híbrida de lateral e terceiro zagueiro, como atuou contra o Jacobina. Essa opção pode ajudar a aumentar a segurança defensiva citada por Ceni.
“Hoje (quinta), jogamos de duas maneiras distintas. Hora com os dois laterais atacando, hora com um lateral atacando e outro cobrindo, o que deu mais sustentação, nos sentimos mais seguros dessa maneira. Eu vou muito de acordo com os jogadores que começarão, podemos fazer outra maneira de construir”, deixou em aberto o treinador, que falou sobre os meios para reduzir chances de transições bem sucedidas do Vitória.
“Sofremos alguns contra-ataques. Talvez seja a coisa que mais temos que melhorar. Nós sabemos que, nos contra-ataques, a gente sofre. O Vitória também sabe. E deve explorar isso. Nós temos é que melhorar dia após dia, encaixar melhor a marcação, atacar marcando para estar mais encaixado e sofrer menos”.
Luciano Juba tem características opostas às de Rezende. Gilberto começa pelo outro lado, apesar da ótima estreia de Arias. Já a dupla de zaga tem boas chances de ser inédita no Bahia, mas com histórico no Botafogo: Kanu e Victor Cuesta. Enquanto Ademir e Biel disputam vaga no ataque.
Ceni falou sobre a escolha do goleiro. “Nós tentaremos manter a coerência que nós temos adotado até agora”.
A resposta não findou o mistério, pois não ficou claro se o treinador será coerente ao optar por Adriel, que não atuou em apenas um jogo do Baiano, ou por Marcos Felipe, acionado nos jogos principais.
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